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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

QUANDO SUA EQUIPE PRECISA DE COACHING

Forças propulsoras das empresas, as equipes estão cada vez mais sujeitas a dificuldades e de vários tipos –de desentendimentos entre seus membros à recusa a enfrentar conflitos. Joseph Weintraub, co-diretor do programa de gestão do Babson College, a célebre faculdade norte-americana, afirma que um dos métodos mais usados para solucionar esses problemas é o coaching, ou seja, o treinamento especializado. A tarefa nem sempre exige a presença de consultores e profissionais externos, como se costuma pensar; um executivo da empresa que seja bem preparado também pode atuar como coach.

Crise

Tom Posey, vice-presidente sênior da Wells' Dairy, fabricante de sorvetes e iogurtes nos Estados Unidos, acredita na eficácia do coaching. Sua empresa, fundada em 1913, enfrentou grandes desafios. Quando os principais clientes declararam preferência pelos grandes fabricantes, os executivos da Wells já haviam percebido que, “para garantir viabilidade no longo prazo, tínhamos de estar entre os três maiores”, lembra Posey. Era preciso aumentar as vendas, aprimorar a cadeia de fornecimento e apertar o controle fiscal. Depois, era a hora de trazer ajuda externa, decisão difícil para uma empresa familiar. Um dos maiores desafios dos recém-chegados foi a cultura de fugir dos atritos. Posey lembra que os executivos não estavam acostumados a
confrontos, pois “sabiam que se encontrariam no almoço de Natal”. Posey contratou um coach do Center for Creative Leadership, que os ajudou a gerir conflitos. As vendas cresceram, a empresa ganhou market share e a equipe aprendeu a discordar.

Como funciona o coaching

Um treinamento desse tipo deve destacar os comportamentos e padrões de comunicação vigentes na equipe, conta Candice Frankovelgia, profissional do Center for Creative Leadership. “O ponto de partida são os entraves cotidianos, com foco nas interações”, esclarece.

As pessoas nem sempre compreendem as reações alheias. Para facilitar esse entendimento o instrutor pode propor avaliações e, com o consentimento do grupo, destacar as abordagens individuais. “Eles aprendem a reavaliar comportamentos que podem causar dificuldades”, explica Frankovelgia.

Regras básicas

Depois de assumir a vice-presidência da Maple Leaf Foods, empresa alimentícia norte-americana, Michael Detlefsen decidiu mudar a interação dos executivos. O grupo discordava nas reuniões e trocava farpas após os encontros.

Detlefsen contratou um coach, que o orientou a apresentar os objetivos com clareza. O vice-presidente decretou o fim do comportamento não-colaborativo e abriu espaço para que todos se manifestassem. Com a ajuda do grupo definiu regras básicas, com itens como “tratar os colegas com respeito”. As normas ajudaram a lembrar que todos formavam uma equipe e deviam concentrar energias na criação de valor e na solução dos problemas.
A clareza das regras é crucial, sobretudo quando existem diferenças culturais. Alguns anos após a primeira experiência como coaching, Detlefsen enfrentou situação similar ao lidar com uma equipe multicultural. A cada trimestre, os executivos se reuniam para discutir as questões críticas. Mas, devido a diferenças no modo de comunicação, alguns tinham dificuldade para interagir com os colegas. A franqueza dos ocidentais era interpretada como falta de tato pelos orientais, que, mais cuidadosos ao se expressar, tinham fama de reticentes.

O grupo criou um padrão de comunicação e pediu que cada um apontasse os aspectos positivos e negativos. Segundo Detlefsen, a idéia era identificar potenciais falhas antes que se tornassem fonte de atrito.

Fatores externos

Nem todos os problemas das equipes têm origem interna. Questões organizacionais, como a disputa entre unidades de negócios ou programas de recompensas pouco claros, podem afetar seu desempenho, sem dúvida. Nas conversas individuais, Weintraub descobriu que o modo de medir resultados surtia o indesejado efeito de indispor os departamentos. A empresa mudou
a métrica e começou a premiar a colaboração.

O artigo é de Anne Field, colaboradora da Harvard Management Update.

Fonte: Portal HSM On-line

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