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quarta-feira, 26 de agosto de 2009


RES

NON VERBA

É possível ser uma empresa responsável?

Publicado 25-08-09, por Ana Medina (Espanha)

A RSC se vislumbra como um desafio para as organizações do século XXI e como resposta ao novo modelo de companhia que demanda a sociedade, no que a inovação e o diálogo se transformam em eixos centrais da estratégia.

A entrada em Google da expressão responsabilidade social corporativa (RSC) retorna 6,45 milhões de resultados neste buscador de Internet. Não fica atrás, responsabilidade social empresarial (RSE), com 6,01 milhões de páginas na web; sustentabilidade, com 3,2 milhões; e desenvolvimento sustentável, com 4,38 milhões de entradas. Independentemente da terminologia, estes dados mostram a importância que há cobrado a RSC, adquirindo também carta de natureza na indústria.

As empresas ao ter posto mãos à obra para integrar a RSC em suas estratégias, sem perder de vista seu principal objetivo: assegurar a rentabilidade do negócio e retribuir aos acionistas. Com a transparência e o bom governo como uma de suas bandeiras, hão elaborado programas de igualdade, conciliação e diversidade para empregados, programas ambientais e sociais para melhorar e desenvolver no âmbito em que realizam sua atividade. Neles, tratam de envolver aos fornecedores, clientes, acionistas e investidores, buscando uma vantagem competitiva.

Oportunidades

«As empresas que decidem adotar algumas medidas de responsabilidade corporativa o fazem por dois motivos: evitar riscos ou aproveitar oportunidades. “Isto as faz ser reativas no primeiro caso e proativas no segundo»,

afirma Joaquin Garralda em seu livro “Rumo à Empresa Razoável”, onde o vice-decano de Ordenação Acadêmica de IE Business School fala dos parâmetros que conformam o modelo do comportamento empresarial sustentável e responsável.

As empresas que adotam medidas o fazem para evitar riscos ou aproveitar oportunidades

O grande desafio é que as PYMES, que conformam 95% do tecido industrial espanhol, integrem a sustentabilidade em sua estratégia. Muitas delas são fornecedoras de grandes corporações, que exigem cada vez mais a seus fornecedores que atuem com boas práticas.

Com este objetivo, se aõ desenvolvido pautas e guias para que implantem políticas responsáveis em sua atividade, recolhendo recomendações sobre seu comportamento com o que se há denominado os stakeholders ou grupos de interesse (empregados, clientes, acionistas, sociedade, administrações, reguladores, fornecedores e concorrentes), tanto nas áreas social e ambiental, como de boa governança.

As sugestões da maioria dos expertos para implantar uma estratégia responsável começam por realizar uma analise e diagnóstico da situação da organização em matéria de sustentabilidade e definir um plano estratégico para integrar-la na empresa, algo que pode ajudar, ouvir a experiência de outras companhias, através da assistência a foros e palestras ou a presença nas organizações empresariais surgidas para impulsionar a RSC.

«A empresa tem deixado de estar configurada sobre o simples triangulo de atores principais: acionistas, clientes e empregados, para passar a estar penetrada por múltiplos protagonistas que geram e exigem relações preferentes»,

afirma Ramón Jáuregui, o euro-deputado socialista e um dos principais impulsores da RSC em Espanha.

E que um dos primeiros passos é identificar aos grupos de interesse, esses coletivos com os que cada companhia se relaciona em sua atividade diária. Conhecer suas expectativas através do diálogo e reuniões periódicas ajuda aos distintos departamentos a estabelecer objetivos de melhoria e projetos que permitam responder a suas necessidades.

O responsável

As grandes empresas têm criado a figura do diretor de Responsabilidade Social Corporativa ou de Desenvolvimento Sustentável. Outras, inclusive, têm constituído uma comissão específica, dependente do Conselho de Administração, que vela por seu desenvolvimento dentro da organização. Sem olvidar que a RSC é um conceito transversal, é dizer, afeta a todos os âmbitos de gestão, pelo que têm que estar presente em todos os departamentos e contar com o compromisso da alta direção. Daí que cada área de negocio proponha seus próprios objetivos de sustentabilidade e de melhoria em relação com os respectivos grupos de interesse.

Segundo os expertos, o primeiro passo é realizar uma análise da situação e definir um plano

Um exercício que pode ajudar a elaborar um informe de RSC ou de sustentabilidade. Sua preparação melhora a transparência informativa e permite recopilar dados, render contas e marcar objetivos, assim como fortalecer a colaboração interdepartamental e por em valor as atuações

responsáveis. Segundo um estudo de KPMG, o número de memórias de RSC se tem duplicado desde 2005, além do que ainda um terço das empresas espanholas segue sem publicar-las, sobre todo PYMES.

Neste sentido, hão surgido iniciativas como a do ICO e Caixa Navarra, que aõ firmado um acordo para elaborar os informes de mais 1.500 pymes seguindo a metodologia de GRI, um dos principais padrões para elaborar estes documentos. Para o diretor da Caixa Navarra, Enrique Goñi, «a RSC deve entender-se como uma vantagem competitiva e não assumir-la pode significar um motivo de exclusão do mercado».

Dicas para integrar a RSC no negócio

Presença em organizações e foros

Através da assistência a foros, debates, palestras e cursos, assim como a presença em organizações empresariais que impulsionam a responsabilidade social, as companhias têm a oportunidade de participar, escutar opiniões e recolher as experiências de outras empresas para adaptar-las a seu negócio.

Diálogo com os grupos de interesse

É importante identificar aos grupos de interesse, aqueles com os que a empresa se relaciona e aos que afeta sua atividade, tanto internos (trabalhadores, acionistas), como externos (investidores, clientes, fornecedores, administrações, reguladores ou concorrente). O dialogo permite conhecer suas expectativas e responder a suas necessidades.

Memória de sustentabilidade

A elaboração dum informe de RSC ou de sustentabilidade permite às companhias a medição, prestação de contas e comunicação dos seus objetivos aos grupos de interesse internos e externos, ao tempo que fortalece o compromisso corporativo através da colaboração entre departamentos e permite por em valor suas atuações.

Aplicar a transversalidade

A RSC deve ser transversal a toda a companhia, incluindo-se no quadro de mando e vinculando a todas as áreas de negocio. As grandes empresas têm criado a figura do diretor de RSC ou de desenvolvimento sustentável e os expertos aconselham, além disso, criar uma comissão específica, dependente do conselho de administração.

Elaborar um código ético e de conduta

Os códigos éticos e de conduta se hão transformado numa ferramenta que regula as relações internas e externas das companhias. Estes documentos corporativos servem de guia a todos os profissionais para saber como

comportar-se em aspectos como contratos, corrupção, seguridade, acosso laboral, conflitos de interesse ou presentes.

Propor objetivos por departamentos

A companhia deve realizar uma analise da situação em RSC e definir um plano de ação. Cada área de negocio deve avaliar como aplicar a sustentabilidade a seu departamento, com objetivos de melhoria em aspectos como diversidade, igualdade, bom governo, transparência, controle de fornecedores, satisfação de clientes e meio ambiente, entre outros.

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