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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

InportaRSE - Florianópolis


7 pontos estratégicos para aproximar a RSE às PYMES (1)
O Clube da Excelência edita um manual para ajudar a sua implantação
Arantxa Corella - Madrid - 21/12/2009
“A responsabilidade social corporativa (ou empresarial) consiste na integração voluntária por parte das empresas das preocupações econômicas, sociais e meio-ambientais dos diferentes grupos de interesse (2) em suas operações comerciais e em suas relações com seus interlocutores”.
Assim é como definiu em 2001 a Comissão Européia este novo movimento empresarial. Trata se duma definição que começam a ter bem assumida em seus negócios as grandes empresas espanholas, porém ainda há muito caminho por percorrer para que as empresas menores, é dizer, os 99% das que compõem o tecido empresarial, saibam em que consiste a RSE e sobre tudo para que saibam como incorporar-la à gestão de seus negócios.
O Clube de Excelência em Sustentabilidade, uma associação composta por empresas como ABB, Adif, Cepsa, Endesa, FCC, Iberdrola, Holcim, Telefônica ou Vodafone, entre outras, têm como um dos seus objetivos acercarem a realidade da RSC às PYMES. E neste contexto se enquadra a Guia para a Implantação da Responsabilidade Empresarial nas PYMEs que, como explica o secretário geral deste clube, se tem logrado unindo a experiência de consultoria de PwC com das empresas desta associação na gestão da responsabilidade corporativa. Juan Alfaro afirma que "a responsabilidade é o ponto fundamental para que as empresas sejam sustentáveis".
A guia se tem desenhado como um plano de metrô com sete linhas que representam os sete pontos estratégicos para que una empresa possa desenvolver as ações que consideram mais viáveis segundo seu grau de avanço em RSE.
1. Empregados ou Funcionários: A primeira linha se refere aos empregados, tanto aos atuais como aos potenciais. A guia explica que um plantel engajado é uma vantagem competitiva. Para lograr-lo se propõem medidas formativas e de desenvolvimento profissional e se destaca a importância de potenciar a conciliação da vida pessoal e profissional. "Os benefícios mais importantes do desenvolvimento de ações nesta matéria se traduzem num aumento da produtividade, já que se consegue reter aos profissionais com mais talento e melhora o clima laboral", explica a guia.
2. Clientes. As PYMES, diz a guia, devem desenvolver ações orientadas a atrair aos clientes potenciais e a fidelizar aos atuais "assessorando lhes objetivamente, atendendo-lhes e satisfazendo suas necessidades". Destaca-se a importância de oferecer seguridade e qualidade nos produtos e nos serviços e de assegurar a confidencialidade dos dados dos clientes. Os benefícios derivados de integrar este área da RSE em seu negócio se refletiram na fidelização dos clientes.
3. Meio ambiente. As PYMEs, como as grandes empresas, provocam um impacto sobre o entorno. Por isso a guia recomenda que, ademais de cumprir com a legislação atual, fomentem a redução do consumo e a poupança na organização. "Eficiência ambiental é sinônimo de eficiência econômica, já que permite fazer um melhor uso dos recursos e por tanto uma economia de custos", agrega o documento.
4. Sociedade civil. As PYMEs "contribuem ativamente ao desenvolvimento do território onde operam, já que criam emprego e riqueza". A guia lembra que a percepção de "bom cidadão" por parte da comunidade ajudará ao desenvolvimento de novas oportunidades de negócio no futuro melhorando sua imagem.
5. Fornecedores. "É necessário que as PYMEs prestem atenção às garantias de cumprimento por parte dos subministradores dos princípios em matéria de direitos humanos, laborais, meio-ambientais e de luta contra a corrupção". Com isto, ademais de atuar de maneira responsável, se minimiza o risco de prejudicar a reputação pelas relações com terceiros.
6. Administrações públicas. A guia indica que a adoção de práticas responsáveis tem efeitos positivos às horas de participar em concursos e licitações para obras públicas de prefeituras e outras administrações, locais, regionais ou nacionais. "De fato, a Administração está sendo um dos principais impulsores de práticas responsáveis", lembra o documento.
7. Estratégia. A responsabilidade, "entendida de maneira global tem que estar integrada em toda a cadeia de valor e atuar como fator estratégico e ferramenta de gestão", explica a guia para PYMEs, que assegura que deste modo melhorarão seus resultados "devido a uma gestão responsável da atividade e a uma melhora de sua relação com os grupos de interesse".
Conveniência
A guia para PYMEs do Clube da Excelência em Sustentabilidade reconhece que há empresas que assumem a RSE convencidas, porém em outros casos tem a ver com "as exigências do entorno em que operam", que podem ser do tipo legislativo. "Cada dia se acentua mais a importância da RSE nos processos de contratação pública e se começam a desenvolver mecanismos fiscais orientados a beneficiar às empresas responsáveis".
(1) PYMEs. = Pequenas e médias empresas.
(2) Grupos de interesse = stakeholders. (no futuro segundo ISO 26000: Partes interessadas)

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