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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ImportaRSE - Florianópolis


Nanotecnología

A pobreza e o desenvolvimento

Nanotech promise for global poor

BBC 11/4/2005/

O Canadian Joint Centre for Bioethics (JCB) há perguntado a um conjunto de 63 especialistas de todo o mundo que identifiquem as áreas mais prometedoras da nanotecnología. O estudo sobre o impacto nanotecnológico se tem publicado em PLoS Medicine. É o primeiro em classificar as nanotecnologías e a nanociência em relação com o desenvolvimento, a pobreza...

Top 10 usos da nanotecnología:

1. Armazenamento, produção e conversão da energia

2. Melhoras na produtividade da Agricultura.

3. Tratamento e melhoria da Água

4. Diagnóstico e seguimento das enfermidades.

5. Sistemas de administração de medicamentos

6. Processos de fabricação de alimentos e armazenagem.

7. Poluição do meio-ambiente: solucões

8. Construção

9. Monitorizarão da saúde

10. Detecção e controle de pragas

Embora tudo mundo já ouvirmos falar da nanotecnologia, não todos conhecemos as tensões geradas pela nova tecnologia...

Cientistas estão preocupados com riscos ambientais e de saúde da Nanotecnologia

Terry Devitt - 27/11/2007

O desconhecimento dos impactos da nanotecnologia sobre o meio ambiente e a saúde humana são uma preocupação muito maior para os cientistas do que para o público em geral, de acordo com um novo relatório publicado na revista Nature Nanotechnology.

Riscos da nanotecnologia

O novo relatório foi baseado em uma pesquisa nacional feita por telefone nos Estados Unidos, em residências e com uma amostra de 363 cientistas e engenheiros de renome na área da nanotecnologia. O relatório revela que estes últimos, que possuem uma melhor percepção de uma tecnologia com um potencial enorme - e que já está aparecendo em centenas de produtos - estão inseguros quanto aos problemas ambientais e de saúde que poderão resultar dessa tecnologia.

Cientistas preocupados

"Os cientistas não estão dizendo que há problemas," disse o coordenador do estudo, Dietram Scheufele, da Universidade de Wisconsin-Madison. "Eles estão dizendo, 'nós não sabemos. As pesquisas ainda não foram feitas. '"

As novas conclusões contrastam frontalmente com controvérsias levantadas pelo advento de tecnologias no passado, como a energia nuclear e os alimentos geneticamente modificados, quando os cientistas tinham uma percepção de risco mais baixa do que o público.

Potencial de benefício e de dano

A nanotecnologia se fundamenta nas recentes capacidades da ciência em manipular a matéria na menor escala possível, em termos de moléculas e átomos. Esse campo tem um enorme potencial para o desenvolvimento de aplicações, que vão de novos materiais antimicrobianos e minúsculas sondas para coletar amostras de células individuais em pacientes humanos, até computadores e raios laser muito mais poderosos do que os atuais. Já existem produtos com nanotecnologia incorporada, como bolas de golfe, raquetes de tênis e recipientes antimicrobianos para armazenamento de alimentos.

Falta de divulgação

Na raiz do hiato de informação, explica Scheufele, que fez a pesquisa em conjunto com Elizabeth Corley, da Universidade Estadual do Arizona, é que a nanotecnologia somente agora está aparecendo na agenda política nacional. O problema está sendo amplificado porque os meios de comunicação têm dada uma atenção muito limitada à nanotecnologia e às suas implicações.

"No longo prazo, essa desconexão de informações poderá minar o apoio público para o financiamento federal em certas áreas de pesquisas em nanotecnologia," diz Corley.

"A nanotecnologia está começando a surgir na agenda política, mas com o público, ela não aparece ainda no seu radar," afirma Scheufele. "É aí que nós temos o maior hiato na comunicação."

Potencial de benefícios e de danos

Embora os cientistas estejam em geral otimistas sobre os benefícios potenciais da nanotecnologia, eles expressaram uma preocupação muito mais significativa quanto à poluição e aos novos problemas relacionados à tecnologia. Os potenciais problemas de saúde apresentam, na verdade, o maior índice de preocupação entre os cientistas, destaca Scheufele.

Vinte por cento dos cientistas que responderam à pesquisa indicaram uma preocupação de que novas formas de poluição nanotecnológica possam surgir, enquanto somente 15 por cento do público acreditam que isso possa ser um problema. Mais do que 30 por cento dos cientistas expressaram preocupação de que a saúde humana possa ser posta em risco pela tecnologia, enquanto apenas 20 por cento do público sustentam esse medo.

Riscos à privacidade

A maior preocupação do público americano, de acordo com o estudo publicado na Nature Nanotechnology, está na potencial perda de privacidade imposta por minúsculos dispositivos de vigilância e a perda de mais empregos norte-americanos. Esses temores foram uma preocupação menor para os cientistas.

Falta de debate público

Enquanto os cientistas se questionam sobre as implicações à saúde e ambientais da nova tecnologia, sua capacidade para iniciar um debate público parece ser limitada, diz Scheufele.

"Os cientistas tendem a tratar a comunicação como um problema secundário. Eles freqüentemente não trabalham com cientistas sociais, com a indústria ou com grupos de interesses para construir um canal com o público," diz ele.

Confiança do público nos cientistas

A boa notícia para os cientistas, explica Scheufele, é que de todas as fontes de informação em nanotecnologia, eles são considerados os mais confiáveis pelo público.

"Eu penso que o público deseja saber mais. As aplicações já estão aí e esse hiato de preocupações deve ser resolvido," argumenta Scheufele. "O clima para esse debate é perfeito. Há definitivamente uma gigantesca oportunidade para que os cientistas se comuniquem com um público que confia neles."

Bibliografia:

Scientists worry about some risks more than the public

Dietram A. Scheufele, Elizabeth A. Corley, Sharon Dunwoody, Tsung-Jen Shih, Elliott Hillback, David H. Guston Nature Nanotechnology

25 November 2007

DOI: 10.1038/nnano.2007.392

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Nanotecnologia: do campo ao seu estômago

Silvia Ribeiro

A maior revolução industrial de todos os tempos sucede a uma escala tão pequena que passa inadvertida a maioria das pessoas. A indústria da nanotecnologia - a manipulação da matéria à escala do manômetro, a milionésima parte de um milímetro - move atualmente mais de 50 bilhões de dólares a escala global, e os analistas predizem que chegará a um bilhão de dólares anuais em 2011.

Na maior parte das aplicações comerciais estão a engenharia de materiais, a informática, a medicina e a defesa. Mas também as aplicações em agricultura e alimentação crescem aceleradamente.

Em dezembro de 2002, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sua sigla em inglês) publicou uma primeira aproximação sobre a nanotecnologia em sua área. Segundo a nova visão nanotecnológica, a agricultura será mais automatizada e industrializada, e se reduzirá a funções fragmentadas, eliminando ainda mais pessoas do trabalho agrícola. Seguindo a tendência que se potencializou a engenharia genética, de controle corporativo desde a semente até o produto no supermercado, a agricultura nanotecnológica controlaria inclusive os átomos que compõe esses produtos.

Todas as corporações que dominam o negócio mundial dos transgênicos estão investindo em nanotecnologia. A Monsanto tem um acordo com a empresa nanotecnológica Flamel para desenvolver seu herbicida Roundup (glifosato) em uma nova formulação em nanocápsulas. O principal objetivo deste acordo é ganhar uma extensão de sua patente por outros 20 anos. Pharmacia (agora parte de Pfizer) tem patentes para fabricar nanocápsulas de liberação lenta usadas em "agentes biológicos como fármacos, inseticidas, fungicidas, praguicidas, herbicidas e fertilizantes". A Syngenta patenteou a tecnologia Zeon, microcápsulas de 250 nanômetros que liberam os praguicidas que contêm o contato com as folhas. Já estão à venda com o inseticida Karate, para uso em arroz, pimentão, tomates e milho. A Syngenta também tem uma patente sobre uma nanocápsula que libera seu conteúdo ao contato com o estômago de certos insetos (lepidóptera) lagartas.

Segundo a Syngenta, estas nanocápsulas tornariam mais seguro o manejo de praguicidas perigosos. Justificam assim o maior uso de agrotóxicos e a reintrodução de praguicidas de alta perigosidade. Mas, como as nanopartículas são tão pequenas, podem atravessar o sistema imunológico, mover-se através da pele, aos pulmões e outros órgãos. Ninguém conhece o que sucederá com estas partículas artificiais a sua interação com os humanos, também com o ambiente, insetos benéficos, fauna e flora silvestre. O que acontecerá com as nanocápsulas que não "explodem" logo,ao ser ingeridas por animais ou humanos?

O USDA também planeja a utilização de exércitos de nanosensores que se liberam nos campos de cultivo para medir os níveis de água, nitrogênio, possíveis pragas, pólen e agroquímicos, emitindo sinais que são captadas por computadores remotos. Estimam entre cinco e 15 anos para completar o projeto, que também prevê que, mediante nanocápsulas, pode se administrar agroquímicos segundo a informação recebida no computador. Por certo, esta é uma aplicação desenhada originalmente para a indústria bélica (Smart Dust), para monitorar as condições dos campos de batalha, presença inimiga, armamento, etc.

Os gigantes da indústria alimentícia Kraft, Nestlé e Unilever estão usando nanotecnologia para mudar a estrutura dos alimentos. Kraft está desenvolvendo bebidas "interativas" que mudam de cor e sabor, por exemplo : um líquido com átomos suspensos que se convertem na bebida requerida (café, suco de laranja, whisky, leite e outros) ao submetê-lo a certas freqüências de onda. Nestlé e Unilever desenvolveram emulsões em nanopartículas para mudar a textura de sorvetes e outros alimentos.

Um dos trasfundos de todas estas aplicações em nossos cultivos e alimentos é a incerteza, ainda maior da que existe com a engenharia genética, sobre os impactos que terá a libertação de nonopartículas artificiais no ambiente e na saúde. Onde se depositarão, com que se combinarão, que reações químicas podem detonar com outros elementos, nos organismos e no ambiente. Um estudo apresentado em 2004 na Sociedade Americana de Química mostrou que a presença de noesferas de carbono dissolvida em água causou danos severos ao cérebro dos peixes em só 48 horas.

É evidente que o marco da crescente concentração corporativa e a ciência desenvolvida neste contexto - ainda em instituições públicas, em geral financiada e orientada pela indústria transacional - não inclui preocupar-se por que impactos podem ter suas invenções para a gente comum, os camponeses, consumidores ou o meio. Pelos vastos impactos potenciais que implica, o desenvolvimento da nanotecnologia deve ser objeto de uma moratória global imediata. Mais do que nunca, precisamos um amplo escrutínio e um verdadeiro controle social da ciência. Mas, sobretudo, recuperar o controle social de nossas condições de vida, por exemplo, sobre algo tão básico para todos como a produção de alimentos.

*Sílvia Ribeiro é pesquisadora mexicana, ligada ao ETC Group

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