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quarta-feira, 16 de maio de 2012

FRACKING HIDRÁULICO




"O governo de EUA está usando seus poderes de polícia para proteger o uso do “Fracking Hidráulico”.

Uma nota do Global Research firmada pelo colaborador Washington, o dia 5 de maio de 2012, denuncia que a aplicação do processo de extração de hidrocarbonetos denominado Fracking Hidráulico, está poluindo a água dos Estados Unidos. Um novo estudo publicado na revista Ground Water prevê que os fluidos altamente tóxicos usados em fracking podem migrar para os aquíferos dentro de poucos anos.

Este é o método de exploração previsto para a jazida da “Vaca Muerta”, na patagônia argentina, considerada por sua importância a terceira reserva de hidrocarbonetos do mundo.

No artigo, o jornalista informa:
O governo americano oficialmente declarou que o fracking pode causar terremotos. Algumas empresas que utilizam fracking agora admitem esse fato.
E ainda uma nova lei aprovada na Pensilvânia permitirá aos médicos acesso às informações sobre os produtos químicos utilizados no fracking, mas restringidos de compartilhar essas informações com seus pacientes. Ver os artigos de Mother Jones e Truthout.
O diretor do documentário sobre fracking, “Gasland”, premiado com o Emmy- – foi preso por tentar filmar uma audiência sobre fracking no Congresso dos Estados Unidos.
O ator Mark Ruffalo foi colocado numa lista de observação de terroristas depois que ele organizou apresentações de Gasland.
O Washington Post informou em março que o FBI está investigando aos ativistas anti-fracking como potenciais terroristas.
O estado da Pensilvânia contratou uma empresa israelense-americana com militares e profissionais de inteligência com experiência na produção e utilização de produtos de inteligência, a ITRR. A empresa considera que os adversários do fracking são potenciais terroristas. As empresas petrolíferas, usuárias do fracking também estão usando técnicas psicológicas e operações militares para desacreditar adversários.
E finaliza sua denúncia dizendo:
Uma das melhores definições do fascismo - aquele usado pelo próprio Mussolini - é a "fusão de Estado e do poder corporativo".

Agora bem, que é o Fracking Hidráulico?

Oportunamente Greenpeace Espanha publicou um artigo ao respeito:




Fratura hidráulica para extrair gás natural (fracking)

1. Que é o "fracking"? Como funciona?
A técnica para extrair gás natural de jazidas não convencionais se denomina fracking. Trata-se de explorar o gás acumulado nos poros e fissuras de certas rochas sedimentares estratificadas de grão fino ou muito fino, geralmente argilosas ou margosas, cuja pouca permeabilidade impede a migração do metano a grandes bolsas de hidrocarbonetos. Para isso é necessário realizar centos de poços ocupando amplas áreas (a separação entre eles ronda entre 0,6 a os 2 km) e injetar neles milhões de litros de água carregados com um coquetel químico e tóxico para extraí-lo.


2. Quais são os principais problemas da fratura hidráulica?
Este processo acarreta uma serie de impactos ambientais, alguns dos quais ainda não estão plenamente caracterizados ou compreendidos, entre eles a contaminação das águas subterrâneas, contaminação atmosférica, emissão de gases de efeito estufa (metano), terremotos (sismicidade induzida), contaminação acústica e impactos paisagísticos. Ademais destes impactos, também se deve ter em consideração os relacionados com o tráfico de caminhões para transportar o gás extraído, o consumo de água e a ocupação do território.
Água:
O processo de fratura hidráulica consome enormes quantidades de água.
Tem-se calculado que se requerem entre 9.000 e 29.000 metros cúbicos de água para as operações dum só poço. Isto poderia causar problemas com a sustentabilidade dos recursos hídricos incluso em países de clima temperado, e aumentar a pressão do consumo de subministros nas zonas mais áridas.
Se sabe muito pouco dos perigos ambientais associados com os produtos químicos que se incorporam aos fluidos usados para fraturar a rocha, produtos que equivalem a um 2% do volume desses fluidos. De fato, nos EUA. (o país com mais experiência com estas técnicas até agora, porém ainda muito recente), esses produtos estão isentos do controle federal e/ou a informação sobre eles está protegida devido a interesses comerciais. Sabe-se que há pelo menos 260 substancias químicas presentes nos aproximadamente 197 produtos, e alguns deles se sabe que são tóxicos, cancerígenos ou mutagênicos. Estes produtos podem contaminar a água devido a falhas na integridade do poço e à migração de contaminantes através do subsolo.
Entre uns 15% aos 80% do fluido que se injeta para a fratura volta à superfície como água de retorno, e o resto fica baixo terra, contendo aditivos da fratura e seus produtos de transformação. Entre as substancias dissolvidas a partir da formação rochosa, onde está o gás durante o processo de fratura, se encontram metais pesados, hidrocarbonetos e elementos naturais radiativos.
Não se pode descartar uma possível contaminação dos aquíferos subterrâneos e das águas superficiais devido às operações da fratura hidráulica e à disposição das águas residuais, já seja a través duma planta de tratamento de água ou diretamente às águas superficiais. Estes produtos químicos podem, pelo tanto, ser vertidos nos aquíferos e fontes de águas subterrâneas que alimentam os subministros públicos de água potável.
Inclusive pequenas quantidades de hidrocarbonetos cancerígenos são prejudiciais para os seres humanos. Em alguns casos, estas águas residuais são minimamente processadas antes de ser vertidas às águas que alimentam os subministros públicos, e às vezes são retidas nos estanques que más tarde podem verter estes produtos químicos ao médio ambiente.

Contaminação atmosférica:
• Se tem registrado benzeno, um potente agente cancerígeno, no vapor que sai dos "poços de evaporação", onde a miúdo se armazenam as águas residuais do fracking. As fugas nos poços de gás e nos encanamentos também podem contribuir à contaminação do ar e aumentar as emissões de gases de efeito estufa. O grande número de veículos que se necessitam (cada plataforma de poços requere entre 4.300 e 6.600 viagens em caminhão para o transporte da maquinaria, limpeza, etc.) e as operações da própria planta também podem causar uma contaminação atmosférica significativa se temos em conta os gases ácidos, hidrocarbonetos e partículas finas.
Emissões de gases de efeito estufa (GEI):
• É crucial conhecer e quantificar as fugas de metano à atmosfera e questionar rapidamente à industria do fracking que assegura que são inferiores aos 2%. Embora, um recente estudo da NOAA 1(National Oceanic and Atmospheric Administration) e da Universidade de Colorado, em Boulder, determina que na área conhecida como a bacia Denver-Julesburg (EUA) as fugas são dos 4%, sem incluir as perdas adicionais no sistema de encanamentos e distribuição. Isto mais que duplica o anunciado. Cabe recordar que o metano tem uma capacidade como gás de efeito estufa 25 vezes superior ao dióxido de carbono.
• Os promotores do fracking defendem que o uso deste gás permitiria ser mais independentes energeticamente e diminuir a queima de carvão. Embora, os expertos determinam que, a menos que as taxas de fuga de metano extraído, por esta técnica, se possam manter por baixo dos 2%, a substituição deste gás pelo carvão não é um médio eficaz para reduzir a magnitude do câmbio climático no futuro (Segundo o estudo estadunidense do ano de 2011, de Tom Wigley, do Centro para a Pesquisa Atmosférica -NCAR-). Outro motivo mais para descartar a exploração deste tipo de gás e apostar pelas energias renováveis.
Contaminação acústica e impactos paisagísticos
• As operações de perfuração podem causar uma degradação severa da paisagem (intensa ocupação do território) e contaminação acústica simplesmente como resultado das operações diárias (circulação de caminhões e transportes). Estas podem afetar às populações próximas e à fauna local através da degradação do hábitat.
3. Greenpeace se opõe a todo o gás natural?
A questão de fundo é para que queremos mais gás? Por muito gás que pudéssemos encontrar em Espanha com o fracking (ainda por avaliar) os recursos energéticos que temos em abundancia são as energias renováveis. Estas são tecnologias que já temos e com um sector empresarial e tecnológico disposto a aproveitá-las. Dado que estudos como o “Renováveis 100%” de Greenpeace demonstram que podemos alcançar um sistema energético totalmente baseado em renováveis, é absurdo acometer uma nova busca de outros combustíveis fósseis com potenciais graves impactos para o planeta. Ademais, se corre o risco de desviar os recursos e os esforços que deveriam ir para as energias renováveis e à eficiência energética.
Os promotores do fracking prometem importantes vantagens inclusive para o médio ambiente. Mas detrás se esconde uma questão puramente econômica, da que já existem denuncias por especulação ao estar criando-se uma borbulha com a que fazer negocio. Embora o “fracking” tivera sucesso, o único que se produziria é prolongar a dependência dos combustíveis fósseis, que são limitados e incompatíveis com o clima.
Quanto mais combustíveis fósseis queimem, maiores serão os efeitos do câmbio climático.
1
http://www.nature.com/news/air-sampling-reveals-high-emissions-from-gas-field-1.9982

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