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terça-feira, 13 de agosto de 2013

ABELHAS

Revista americana Time alerta para risco de extermínio das abelhas

Segundo a reportagem, defensivos, pragas e monoculturas são apontados como principais ameaças



A capa da Time: os riscos do mundo sem abelhas (Foto: Divulgação/Time)
A revista norte-americana Time destacou na edição mais recente os riscos relacionados à morte de abelhas melíferas. A reportagem chama a atenção para a consequências alarmantes. A capa chama a atenção para “O mundo sem abelhas” e alerta: “o preço que pagaremos se não descobrirmos o que está matando as melíferas”.

Segundo a reportagem, uma ameaça são os pesticidas conhecidos como neonicotinoides, mesmo quando aplicados em níveis considerados seguros. Eles causam uma doença chamada de Transtorno do Colapso de Colmeia (CCD). Outra, um ácaro que destrói colônias.

Monoculturas de milho e trigo também são mencionadas. Como fornecem pouco pólen, explica a revista, "o inseto morre de fome". “Se não fizermos alguma coisa, pode não haver abelhas suficientes para atender a demanda de polinização de culturas valiosas”.

O alerta tem fundamento, afirma o apicultor Constantino Zara Filho. Ele é presidente-executivo da Associação Paulista de Apicultores Criadores de Abelhas Melíferas Europeias (Apacame). Apesar do nome, a entidade tem, segundo seu presidente, abrangência nacional, reunindo pouco mais de 7,5 mil associados.

“O problema é mundial. O vegetal depende do inseto polinizador e se ele continuar morrendo, vai afetar a produção de alimentos”, diz ele.

Zara Filho explica que os neonicotinóides estão entre as principais causas de mortandade de abelhas, especialmente quando ocorre aplicação aérea. Segundo o apicultor, ou matam abelhas diretamente ou afetam seu senso de direção, prejudicando o trabalho.

O problema, explica, afeta a renda, principalmente de quem vive da chamada apicultura migratória. São apicultores que alugam suas colmeias para polinizar plantações. Geralmente, são levadas 3 a 4 por hectare, que rendem ao apicultor, em média, R$ 35 por colmeia a cada florada. A atividade é economicamente viável, segundo Zara filho, se o criador tiver pelo menos 600 colmeias.

Recentemente, a União Europeia adotou restrições a alguns pesticidas sob a alegação de que colocariam em risco a vida das abelhas. As medidas entram em vigor no dia primeiro de dezembro deste ano. "O que é proibido na Europa ainda é usado aqui", critica o presidente-executivo da Apacame.

O assunto deve ser discutido novamente no 43º Congresso Internacional de Apicultura, entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro, na Ucrânia. O encontro é promovido pela Apimondia, principal organização internacional do setor.

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