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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ImportaRSE - Florianópolis


CRIADORES DE ESCASSEZ

Autor: Rubén Sancho

Um sexto da população do mundo passa fome crônica.

Tomo o título do excelente ensaio de David Anisi, que em gloria esteja sem pedir-lhe permissão, mas convencido de que o concederia, pela temática a tratar neste artigo mais que pelo fundo que contém, porque ninguém como ele para falar sobre assuntos deste tipo.
O caso é que este fim de semana tendo conhecido um dado demolidor para as consciências bem pensantes de Ocidente, um dado que joga sobre a mesa todas nossas vergonhas e nos diz que uma sexta parte da população mundial passa fome crônica.
Faz uns séculos a escassez vinha sendo provocada pela falta de tecnologia como para produzir a suficiente comida para alimentar a todos os habitantes do mundo, mas hoje a escassez vem provocada pela política econômica dos países ocidentais e a corrupção política dos países subdesenvolvidos.
A tecnologia atual permitiria alimentar toda a população mundial, isso é um fato, não é demagogia senão uma verdade vergonhosa para nossas consciências.

Há uma parte do mundo que passa fome porque o resto o permite.
E o permitimos em procura dum benefício econômico que se converte em falaz e hipócrita desde o mesmo momento que gera a fome, porque uma questão é obter mais benefícios que outros países, mas outra muito distinta é obtê-los a custa da fome de outros países.
Uma sexta parte da população mundial não tem nada que levar-se à boca, entanto que neste mundo, no nosso, no acomodado, nos dedicamos a limitar nossas coletas, a desaproveitar nossos recursos com o único objetivo de que os preços se sigam mantendo.
Algo falha na Economia se não é capaz de resolver este dilema, o mais que na Economia na forma de aplicá-la, porque a solução do problema é simples desde um ponto de vista econômico, o que falta é vontade de solução.
Tratar-se-ia de políticas de redistribuição alimentar que substituíram ao transpasse de fundos ao desenvolvimento que se tem mostrado como ineficientes em repetidas ocasiões devido à corrupção dos países destinatários.
A população que morre de fome não quer nosso dinheiro, necessita comer e para isto requer alimentos e que lhes ensinemos a produzi-los para
poder alimenta-se por si mesmos no longo prazo.
Mas nós aqui seguimos falando de nossa crise econômica que não nos deixa comprar um novo televisor, das previsões catastróficas que nos impedirão comprar uma casa na praia, e da volta à escola de nossas crianças aos que seguiremos comprando um conjunto de roupa para cada dia.
Basta já de hipocrisia, não estou falando desde a demagogia, falo desde a certeza econômica de que uma solução é possível sempre e quando os políticos deixem de fazer política e derivem os recursos de maneira eficiente. Eu, particularmente, me sinto envergonhado da espécie humana por permitir que este fato siga acontecendo em pleno século
XXI.

“Antes de dar ao povo sacerdotes, soldados e maestros, seria oportuno saber se não se estão morrendo de fome”.

Leon Tolstoi (1828-1910), escritor russo.

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