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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

COMO POSSO AVALIAR A QUALIDADE DE UMA TRADUÇÃO?



A qualidade de uma tradução pode ser difícil de avaliar. As línguas são regidas por regras gramaticais, mas também são influenciadas pelo estilo e pelo contexto. Uma abordagem útil pode ser a divisão dos critérios de avaliação de uma tradução em duas categorias: objetivos e subjetivos.

Objetivos
Os seguintes critérios podem ser utilizados para avaliar uma tradução, pois foram estabelecidos pelas regras da própria língua:
- Exatidão técnica
- Gramática/ ortografia correta
- Fidelidade para com a apresentação

Subjetivos
Uma vez que uma língua pode ser encarada como um sistema aberto capaz de suportar idéias estéticas, a qualidade pode ser influenciada por diferentes formas de expressão. Uma boa definição dos critérios seguintes pode ajudar a minimizar eventuais problemas relacionados com a qualidade:
- Estilo pretendido
- A finalidade do documento
- Público - alvo
- Mercado - alvo
É fundamental compreender que, no campo dos critérios subjetivos, os problemas relativos à qualidade podem não ser realmente problemas, mas apenas uma questão de preferência. Essas preferências devem ser determinadas antecipadamente para garantir que a tradução, localização ou edição eletrônica vai corresponder às suas expectativas.

O CONTROLE DE QUALIDADE NA TRADUÇÃO. * (M. Santos. PT.)

No passado, foram feitas inúmeras tentativas para quantificar a “qualidade” da tradução tanto por associações internacionais de tradução como por tradutores individuais, principalmente com o objetivo de melhorar o estatuto profissional do tradutor, mas estas tentativas tiveram pouco sucesso palpável. No entanto, a pressão comercial dos nossos dias parece ter impulsionado esta necessidade de quantificação.
Por exemplo, a aplicabilidade das normas ISO 9000 à área da tradução tem sido tema de debate nos últimos anos. No futuro, a área da tradução vai precisar cada vez mais de aplicar este tipo de processo formalizado, considerando a tradução como um “produto” ou uma “mercadoria”. Os clientes procuram cada vez mais soluções e serviços de controle de qualidade e esta necessidade tem-se vindo a acentuar com os serviços de tele tradução para compensar a sua natureza “virtual”.
Será sempre extremamente difícil submeter o processo de tradução “humana” a um procedimento de controlo de qualidade total, mas a utilização crescente de ferramentas de tradução assistida poderá contribuir significativamente para essa formalização.
Por exemplo, a utilização de memórias de tradução e de ferramentas de gestão e extração automática de terminologia (como o Trados MultiTerm 6.5) ajuda claramente a “sistematizar” o processo de tradução “humana”, facilitando a criação de um padrão de referência e a obtenção de uma qualidade consistente.

O processo de controlo de qualidade tem como vantagens:

a introdução de ações preventivas ou corretivas para assegurar-
o nível de qualidade pretendido;
o controle da qualidade do projeto a nível local, de modo a
garantir a qualidade final entregue ao cliente;
a verificação pelo gestor do projeto (PM, project manager) da
conclusão efetiva do trabalho (signoff);
a centralização, pelos responsáveis pelo Controle de Qualidade
em cada projeto, da informação específica do projeto, de modo
a assegurar a sua disponibilização a todos os membros da equipe
durante o projeto, bem como a partilha das informações relevantes
com outras equipes e projetos;
a otimização do processo de tradução/localização utilizando
planos de qualidade standard “personalizáveis” para todos os
projetos;
a execução das tarefas de modo correto e eficaz, evitando a
repetição desnecessária do trabalho e assegurando menores custos
na produção;

uma comunicação mais rápida e eficaz entre equipes;
a partilha e troca de recursos (prestador do serviço de tradução/
revisão/controle de qualidade) num mesmo projeto e entre
projetos.

Existem vários métodos para verificar a qualidade de um produto, desde a leitura informal de um documento até métricas formais de avaliação da exatidão. Os métodos geralmente utilizados pela maioria dos prestadores de serviços de tradução incluem:

realização das traduções por tradutores profissionais cuja língua
nativa é o idioma de destino;
verificação ortográfica e segunda revisão dos trabalhos pelos
tradutores antes de os entregarem aos clientes;
revisão “cruzada” entre os diferentes participantes no projeto,
antes de passar o trabalho ao revisor final, para garantir a máxima
homogeneidade de toda a tradução (para garantir a coerência em
projetos de grande envergadura, que exigem a participação de
vários tradutores);
controle em conformidade com o estilo e a terminologia defini-
dos pelo cliente e, em caso de terminologia nova, da homogeneidade
de utilização da terminologia compilada e validada internamente
(conformidade com as memórias de tradução e os glossários específicos
ou a terminologia acordada com o cliente);
controle da adaptação cultural;
aplicação de um modelo de controle de qualidade (do tipo LISA);
uso de formulários personalizados para amostragens da tradução em curso;
testes de coerência e do funcionamento dos programas informáticos traduzidos e da respectiva documentação.
Há ainda a salientar duas perspectivas do controle de qualidade: a do tradutor independente (freelancer) e a da empresa de prestação de serviços ou mesmo do cliente. Com a crescente globalização e “virtualização” da prestação dos serviços de tradução, os tradutores independentes podem trabalhar isoladamente ou em equipe para uma agência (dentro ou fora das instalações da empresa), no âmbito de um projeto de grandes dimensões. É fundamental coordenar as tarefas comuns a esta equipe que, muitas vezes, se “conhece” apenas a través de instruções trocadas por correio eletrônico. Independentemente da escala de grandeza em questão, há sempre lugar a um processo de controle de qualidade de acordo com os requisitos que foram fornecidos e especificados pelo cliente.
Para o tradutor independente, o controle de qualidade pode e deve ser efetuado após a conclusão da tradução (se possível, não no mesmo dia), por exemplo, a través da utilização de listas de verificação específicas de cada etapa (fornecidas pela empresa que o subcontrata ou organizadas pessoalmente):

verificações genéricas (independentes do cliente):
a) ortografia;
b) o texto tem de estar todo traduzido - com exceção de indicações
específicas;
c) verificações finais genéricas (dois espaços em branco; espaço seguido de vírgula/ponto; dois pontos finais; duas vírgulas) e verificação visual (por exemplo, de referências cruzadas, de numeração correta em listas, etc.);
d) os fichários têm de ter o formato correto e estar na pasta correta com o nome certo.
verificações de conformidade com as instruções fornecidas pelo
cliente:
a) material de referência fornecido para o projeto;
b) comunicações por correio eletrônico;
c) terminologia nova ou alterada validada no decorrer do projeto.

Para a empresa de prestação de serviços ou para o próprio cliente, o Controle de Qualidade é efetuado como uma etapa suplementar do ciclo de produção normal, pelo que não substitui nenhuma outra etapa do ciclo de produção. Além disso, permite
assegurar a qualidade lingüística e técnica do produto através da aferição periódica da qualidade em todo o processo de produção.

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