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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A ARTE DA COMUNICAÇÃO


Um aprendizado para o trabalho em equipe.

Neste artigo se abordará o tema da comunicação como o fundamento para trabalhar em equipe. Assim mesmo se observarão alguns conselhos dados por expertos no referido ao trabalho em equipe. O fundamento deste escrito é o livro de Peter Senge “A Quinta disciplina”.

A capacidade para administrar equipes de trabalho se reconhece naquelas pessoas que compreendem e manejam de maneira adequada a arte de levarem-se bem com todas as pessoas. E dizer, aqueles que são capazes de trabalhar em equipe entendem a riqueza de estabelecer relações humanas adequadas nos diferentes campos da vida. Por isto, neste escrito se pretende dar-lhe ao leitor informação sobre como, por que e para que do aprendizado da comunicação assertiva, habilidade que implica saber dialogar e discutir.

Para poder comunicar-se efetivamente é necessário aprender a escutar aos demais desde a realidade deles e não desde a nossa. Para isto requeremos desenvolver o pensamento crítico que se convertera na ferramenta para poder compreender a mensagem que desejam transmitir os demais tendo em conta quem são eles e assim poder analisar e avaliar o dito com uma perspectiva mais ampla.

Dialogar é a ação de conversar com outros com o fim de intercambiar idéias que produzam benefícios de diversa índole. O diálogo implica discussão, porque através da exposição de idéias se argumenta de maneira sólida o porquê das mesmas. Debate-se com o propósito de entender a postura dos outros e a de si mesmo através de escutar com o fim de ampliar a visão mediante a escuta das mensagens dos outros, quem são uma fonte de riqueza quando se aprende a escutar e debater com o fim de chegar a acordos que beneficiem a todos.

As pessoas que sabem trabalhar em equipe são pessoas interessadas em conhecer os argumentos dos outros e reconhecem o valor de discutir sobre distintas idéias que produzam beneficio e não se afanam por impor suas idéias senão enriquecer-las mediante os aportes de todos os membros da equipe e reconhecem quando alguém aporta idéias ganhadoras.

Atualmente as organizações requerem de pessoas capazes de relacionar-se sadiamente com outros. É importante entender que as relações humanas sadias são aquelas em onde existe diálogo e discussão desde a perspectiva que estamos mencionando neste escrito. É dizer, são pessoas que reconhecem que o importante não é impor, senão compreender e chegar a acordos.

Quem aprende a trabalhar em equipe não participa em conversações vãs que não leva a nenhuma ação positiva aos “membros da equipe”. Por isto, sua atitude demonstra que valorisam a humildade como a qualidade necessária para conversar tanto na convergência como na divergência.

Os verdadeiros aprendizes do trabalho em equipe são quem põem em prática o diálogo e a discussão com o fim de potenciar-se mediante a intervenção dos outros, por isto, o verdadeiro trabalho em equipe implica unir conhecimentos, habilidades e valores dos membros a favor de todos e com isto, cada individuo aprende do outro e com o outro a corrigir erros, potenciar debilidades e descobrir fortalezas que levem ao crescimento da equipe.

Aprender a disciplina do trabalho em equipe implica para cada pessoa ter a disponibilidade de transformar os vínculos de competência por vínculos de cooperação que intensifique nas pessoas valores tais como a solidariedade, o companheirismo, a reflexão, a disponibilidade, a amabilidade, porém todos eles requerem primeiro a humildade. Neste ponto aclaramos que os valores não servem de palavra senão em ação, por isto, os que sabem trabalhar em equipe o evidenciam mediante seu comportamento.

Ter uma direção comum se converte numa condição indispensável para o trabalho em equipe. Aqueles que sabem aonde se dirigem e o que querem lograr, está em possibilidade de harmonizar energias e evitar o desperdício das mesmas. Para isto, requerem do diálogo e a discussão que permita o intercâmbio de idéias sobre possíveis ações que conduzam ao logro dos objetivos traçados. Mediante posto em marcha o diálogo se está em condições de alinhar se como equipe e desenvolver a capacidade para criar os resultados desejados coletivamente através de gerar nos membros uma visão compartida emanada do convencimento que produz o conversar. Diane Ryan em seu livro "6 Questions to Help You Build Trust on Your Team”, (algo assim como: 6 perguntas para ajudar você a construir a confiança em sua equipe) menciona que a confiança é clave para a eficácia duma equipe e esta se cultiva entre os membros da equipe demonstrando que se acredita que são competentes e que estão à altura do trabalho por fazer e se valorisam os aportes que fazem. O que se pode notar nesta idéia é que a conversação é o meio necessário para construir a confiança a qual é bilateral e quanto mais pronto se transmita por meio de comunicação assertiva, mais pronto se observará como cresce entre os empregados.

Partimos da premissa de que o pensamento é uma construção social que se enriquece e potencia na medida em que as pessoas aprendam a dialogar. Compartir conhecimentos tanto teóricos como os emanados das experiências permite às pessoas que têm aprendido a comunicar-se entender os problemas e com isto buscar as melhores soluções de maneira coletiva. Neste ponto é importante aclarar que o pensamento é um fenômeno sistemático que surge de nosso modo de interatuar e intercambiar discursos, por isso, é importante para quem deseja apreender a trabalhar em equipe e atuar de maneira que geremos outras ações cooperativas que redundem no crescimento pessoal e coletivo. De acordo com as idéias deste parágrafo, perguntemo- nos ,será que a forma de atuar egoísta por parte da maioria das pessoas obstaculiza o aprendizado do diálogo e a discussão?

Julie Gilbert menciona o seguinte em seu livro “Need growth idéas?” (algo assim como necessidade de crescimento das idéias) É difícil fazer crescer às empresas com esta difícil situação econômica, mas é absolutamente essencial para sobreviver. Recomenda buscar idéias de crescimento numa fonte de inovação a miúdo passado por alto: pergunte-lhe às pessoas. É necessário começar por desenhar uma visão de aonde quer que se dirija a organização. Logo, enumerar os ativos da empresa, traçar um mapa com suas capacidades e identificar novas tendências no mercado. Ao perguntar-lhe aos colaboradores não só explorará uma fonte de idéias facilmente accessível, senão que se assegurará de que sua gente esteja comprometida com o futuro da empresa.

A seguir se dão 4 técnicas que permitirão desenvolver a capacidade de escutar e dialogar:

• Verificar: "Me permites repetir o que falaste para assegurar-me de que te entendi?"

• Esclarecer: "Me parece que isto é o que queres dizer…"

• Mostrar apoio: "Te escuto, por favor, continua"

• Estruturar: "Que te parece se vemos os sintomas, tratamos de definir o problema e posteriormente discutimos possíveis soluções”

Ao respeito John Baldoni em seu livro “Never let your ego stop you from learning“ (não permita a seu ego deter seu aprendizagem) recomenda que não permitamos que nosso ego se interponha em nosso desejo por aprender. Os líderes exitosos mantém suas mentes abertas a coisas novas porque sabem que, sem importar o alto que seja seu grau de domínio, sempre há algo mais por descobrir. Diz-nos que quando enfrentemos desafios, inclusive aqueles que temos enfrentado muitas vezes, adotamos o enfoque dum aprendiz: faça perguntas ou encontre formas novas para solucionar o problema

Aprender a comunicar-se com leva a aprender mais sobre nós mesmo já que nos permite reconhecer a natureza de nossos pensamentos na medida em que intercambiamos idéias com os outros. As condições básicas para o diálogo são:

• Ter consciência de nossas idéias, opiniões, prejuízos, necessidades e motivos com o objetivo de submeter-los ao exame que deles faça o grupo; é dizer, não devemos adotar pensamentos rígidos e não negociáveis que nos façam sentir obrigados a defender-los.

• Considerar aos demais de maneira consciente como colegas com o fim de estabelecer vínculos de igualdade que permitam o fluxo de idéias. Este tipo de relação não implica que se deva concordar ou compartir os mesmos pensamentos, pelo contrário, o poder desta maneira de interatuar opera quando há diferenças nos conceitos. Por tanto se faz imprescindível o apreender a visualizar aos "adversários" como "colegas com outras perspectivas", com o fim de intercambiar formas de pensamento de maneira relaxada e respeitosa que nos ajude a deixar atrás os sentimentos de rejeição que comumente se dão quando as pessoas não possuem a disciplina de manter a mente aberta e acreditam que não há outra forma de captar o mundo fora do que eles percebem.

• Estabelecer relações simétricas onde se evite a idéia de superioridade e/ou subordinação. As relações onde os indivíduos se percebem como iguais permitem que o fluxo de formas de pensar se leve a cabo mediante um diálogo aberto e de maneira mais equilibrada.

• É necessário ao início da formação duma equipe de aprendizagem que exista um árbitro que "conserve o contexto do diálogo". As funções a desempenhar por dito árbitro são:

• Ajudar, convidar e animar aos membros da equipe a formar parte do processo e os resultados.

•Manter o diálogo em marcha e em equilíbrio.

•Guardar o equilíbrio entre sua pericia e sua atitude serviçal, mas sem adotar o papel de "experto" ou "doutor", que quitaria a ênfase às idéias e à responsabilidade dos outros membros da equipe.

•Compreender que a arte do diálogo consiste em experimentar o fluxo do significado e em ver o que é preciso agora.

•Evitar que surjam entre os membros "rotinas defensivas"; é dizer, evitar que os membros da equipe assumam atitudes que obstruam o fluxo harmônico, tais como: "Vítima", "sabe-tudo", "crítico não propositivo", "eu não posso", "o indiferente", "o néscio".

Ao respeito, John Maeda em seu livro “Critique-me, please” menciona que no mundo dos negócios, a diferença do mundo das artes, a crítica a miúdo se percebe de maneira negativa. Mas a crítica construtiva é essencial em qualquer âmbito que requer criatividade, inovação e a resolução de problemas. Devido a que a liderança requeira as três coisas, os líderes devem estar seguros de que não só estão abertos à crítica, senão que a buscam de maneira ativa. Recomenda aos líderes que lhe solicitem a seus subordinados, seus pares e a seus clientes que lhe sinalem quais são as debilidades de suas idéias e enfoques. Opina que a crítica pode ser um método útil para testar as idéias e assegurar-se de que as pessoas e as equipes se responsabilizam de seus acertos e erros.

O desenvolvimento de habilidades e destrezas para a reflexão, colaboração e a indagação, serão os cimentos para desenvolver a habilidade de comunicação que permita superar situações como as simpatias ou antipatias pessoais que levam a truncar o fluxo de idéias. Por todo o exposto concluímos que o processo de aprendizagem grupal consiste num vaivém continuo entre a prática e o desempenho, em onde os membros da equipe aprendam a fazer-se conscientes da sua própria atuação. Isto permitirá formar equipes maduras, capazes de indagar e analisar temas complexos e conflitantes que lhes permitam a possibilidade de crescer continuamente através de aprender a reflexionar-atuar de maneira simultânea.

M.C. Luz Angélica Rodríguez Ebrard

Maestra de tempo completo do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Autônoma de Ciudad Juárez.

lrodriguarrobauacj.mx

ebrard_larearrobayahoo.com.mx

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