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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


Melhore sua vida profissional e pessoal, aprendendo a ouvir.

02 de dezembro de 2009

Por: Antônio Alves dos Santos - www.administradores.com.br

"A maioria das pessoas bem sucedidas que conheci, escuta mais do que fala".

(Bernard Baruch)

Uma das características do bom líder, chefe, encarregado ou de qualquer pessoa e de saber ouvir. Sabemos que não é fácil, somente ouvir e ficar quieto ou mesmo relevar certos comentários.

Porque nem todos possuem esse controle emocional. Algumas pessoas têm o pavio curto, mas outras nem pavio têm.

Com o passar do tempo aprendemos ouvir mais e ser tolerantes, pois quando mais jovens achamos que podemos falar tudo e ouvir pouco ou quase nada, porque achamos os donos da verdade. Mas a vida mostra e ensina de diversas formas que as coisas não são bem assim. É como dizem: "Nascemos com uma só boca, dois olhos e dois ouvidos; que é para falar menos e ver e ouvir mais".

A experiência de a vida me mostrou que nem tudo que vemos e ouvimos podemos falar, pois "somente o tempo é dono da razão e mostrará quem realmente estava certo".

Segundo Elisabeth Salgado, saber ouvir é um suporte para o diálogo

Fala-se tanto em diálogo, em problemas de comunicação, como se dialogar fosse apenas falar o que se pensa para o outro, fosse apenas conseguir expor suas razões ou externalizar opiniões numa fala entre pessoas.

Dialogar, às vezes, mais parece um duelo de opiniões expostas mutuamente, num desejo de poder pelo predomínio da razão e da posse da verdade absoluta, individual e única.

Entretanto, para que haja um contato autêntico e produtivo dentro de uma relação, falar o que se pensa e acha não é suficiente.

O silêncio inerente ao ouvir é sábio, nestes momentos.

Só o silêncio me permite sentir o outro e entender um pouco do que ele pensa e percebe.

Se em qualquer relação, ouvir o outro é importante, numa relação onde a missão de educar e repassar valores são componentes fundamentais, o ouvir é condição básica para que um canal se faça e permita a construção de uma ponte eficaz para essa transmissão.

Ouvir não deve ser confundido com passividade, nem visto como um recurso estratégico para poder realizar argumentações de caráter defensivo que só visam uma posse de poder no contato que está sendo desenvolvido.

Ouvir, em função de um diálogo real, é resultado de uma opção consciente por parte de quem deseja compreender o que se passa com o outro, de modo solidário e sem preconceitos, visando uma resolução madura de conflitos ou um entendimento mais autêntico da situação.

Ouvir para dialogar é uma tarefa difícil, pois envolve humildade em reconhecer as próprias falhas, em admitir a racionalidade de fundamentos que não são nossos, em estar aberto a aprender quando queríamos ensinar.

Ouvir nosso aluno é antes de tudo estar aberto à possibilidade de lidar com fatos novos, a aprender que não existe uma única verdade e que estamos envolvidos num processo relacional do qual temos, pelo menos, parcial responsabilidade.

Ouvir, para que haja um diálogo, é antes de tudo despir a armadura da acusação e procurar compreender o que se esconde por detrás do óbvio.

O professor *Reinaldo Polito, também comenta o seguinte sobre a questão do aprender a ouvir, visando melhorar a nossa vida com um todo.

Haja paciência para escutar o que alguns chatos nos dizem! Falam pelos cotovelos e, no fim, por mais que você esprema as palavras, não sobra nada. A conseqüência grave dessa história toda é corrermos o risco de generalizar e nos fecharmos para quase todos aqueles que desejam falar conosco.

Embora muita gente fale bastante sem dizer nada, nem todo mundo é assim. Na verdade, o problema está também na outra ponta. A maioria efetivamente não sabe escutar. Pesquisas recentes realizadas por Larry Barker apresentam resultados impressionantes.

Segundo seus estudos, de maneira geral, usamos apenas 25% da nossa capacidade de audição, e depois de dois meses, se a comunicação for de muito boa qualidade, do total ouvido só 25% serão lembrados. Ou seja, além de ouvirmos mal, nossa memória auditiva também não é lá uma maravilha.

Por isso se você quiser crescer, prosperar, ser vitorioso nas relações sociais e na carreira profissional, vai precisar aprender a ouvir melhor. Veja como pode ser simples aprimorar a habilidade de ouvir e descubra benefícios e vantagens que irá obter.

Para alguns autores, há diferença entre ouvir e escutar. Ouvir é apenas uma atividade biológica, que não exige maiores esforços do nosso cérebro, enquanto que escutar pressupõe um trabalho intelectual, pois após ter ouvido, é preciso interpretar, avaliar e reagir à mensagem.

Como nem entre esses estudiosos há consenso, pois o que para uns é ouvir, para outros é escutar, e vice-versa, vamos desconsiderar essa polêmica. Independentemente do termo empregado, para a nossa análise vamos levar em conta a atividade da audição que põe o cérebro para funcionar e agir.

Por que temos dificuldade para escutar?

• Velocidade em descompasso

Diferentes estudos mostram que o nosso pensamento trabalha numa velocidade quatro vezes mais rápido do que as palavras transmitidas oralmente.

Por esse motivo, às vezes, temos dificuldade de concentração. A pessoa precisa de um minuto inteiro para expressar o que podemos compreender em 15 segundos.

Sobram, portanto, 45 segundos para voar com o pensamento ocioso. Depois de algum tempo, podemos ficar entediados e em muitas situações deixamos de escutar o que estão falando.

Talvez essa diferença entre a velocidade do pensamento e das palavras ajude a explicar também por que a maioria das pessoas sente muito mais prazer em falar do que em ouvir.

• Ouvidos interesseiros

Nossa audição é seletiva. De maneira geral, prestamos atenção nas informações que favorecem a nossa causa e os nossos interesses, e nos afastamos das mensagens que julgamos desfavoráveis aos nossos anseios.

•Prejulgamos e distorcemos

Quando ouvimos uma mensagem que contraria a nossa forma de pensar, iniciamos um processo defensivo onde passamos, mentalmente, a debater as idéias contrárias, criticando as informações já transmitidas e procurando antecipar e resistir às novas mensagens.

• O ambiente distrai

Todos os elementos e fatos que estão à nossa volta podem interferir na concentração. O ranger das cadeiras, a temperatura, uma pessoa tossindo, as máquinas que fazem barulho fora da sala podem desviar nossa atenção.

• Escutar dá trabalho

Já vimos que escutar exige uma atitude ativa, concentração e esforço intelectual. Ocorre, entretanto, que a maioria de nós prefere ouvir de maneira passiva, sem analisar ou interpretar o que está sendo falado.

Por que escutar melhor

Agora que já vimos alguns dos motivos que nos levam a ouvir mal, vamos analisar por que é importante escutar. Só o fato de saber que muito do que conhecemos foi aprendido ouvindo as pessoas já justificaria mais dedicação para escutar melhor.

Pesquisa revelada por S. Moss e S. Tubbs revela como dividimos o tempo em que passamos acordados -17% lendo, 16% falando, 14% escrevendo e 53% ouvindo. Não é difícil deduzir as vantagens que obteríamos se aproveitássemos melhor todo esse tempo desperdiçado.

A maneira como escutamos pode interferir de forma decisiva no sucesso profissional e na qualidade do nosso relacionamento pessoal. As pessoas que têm dificuldade para escutar apresentam baixa produtividade no trabalho e dificuldade para se relacionar.

Se você tiver de se submeter a um processo de seleção de emprego, por exemplo, o fato de saber escutar irá se constituir num importante diferencial para perceber, de maneira correta, quais são as intenções da empresa e o que ela espera de você.

Como escutar melhor

Para aprimorar a habilidade de escutar, dedique-se à prática de algumas regrinhas muito simples e que dão excelente resultado:

• Entenda antes de interpretar ou criticar

O primeiro passo para escutar melhor é refrear a tendência de interpretar ou criticar uma mensagem, antes mesmo que ela tenha sido concluída ou perfeitamente entendida.

• Meça a sua compreensão

Pelo fato de termos, de maneira geral, uma audição passiva, quase sempre não nos preocupamos em saber quanto do que ouvimos efetivamente conseguimos lembrar. Um bom exercício para escutar melhor é procurar lembrar quais as informações que ouviu e quanto da mensagem conseguiu guardar.

• Faça anotações

Um bom método para se concentrar nas informações que ouve é fazendo anotações dos tópicos que julgar mais importantes. É evidente que esse exercício deverá ser reservado para a participação em palestras, aulas e reuniões.

• Saia um pouco de si mesmo

De maneira geral, ficamos tão preocupados conosco que acabamos nos esquecendo de que as outras pessoas necessitam ser reconhecidas e

consideradas. Por isso, para melhorar sua capacidade de escutar, procure aceitar as pessoas como elas são e não como você gostaria que fossem.

Reconheça que existe a possibilidade de estar enganado em algumas opiniões e dê um voto de confiança para a maneira de pensar dos outros. Prepare-se para se empenhar nessa empreitada porque, com freqüência, poderá ficar tentado a desistir e se voltar novamente para si mesmo.

• Não interrompa

Quando alguém estiver falando tente não interromper. A pessoa não irá ouvi-lo, pois ainda estará preocupada com o que teria a dizer. A pessoa que ouve pode ser mais bem vista do que a que fala.

SUPERDICAS:

1).- Esteja consciente de que, se escutar melhor, só terá benefícios na vida.Procure não julgar ou criticar o que uma pessoa tem a dizer antes de ouvi-la.

2).- Depois de falar com alguém, revise os pontos mais importantes da conversa.

3).- Anote as informações relevantes de palestras, aulas e conferências para se concentrar.

4).- Faça o possível para levar em conta outras opiniões. Você pode estar enganado.

"Nem sempre quem fica calado está errado, de tempo ao tempo e a verdade surguirá".

* Reinaldo Polito é Mestre em Ciências da Comunicação, Palestrante, Professor de Expressão Verbal e Escritor. Escreveu 15 livros com mais de um milhão de exemplares vendidos.

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