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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
POEMA DE NAVIDAD
Poema de Navidad
Vinicius de Moraes
Para eso fuimos hechos:
Para recordar y ser recordados
Para llorar y hacer llorar
Para enterrar a nuestros muertos —
Por eso tenemos brazos largos para los adioses
Manos para recoger lo que fue dado
Dedos para cavar la tierra.
Así será nuestra vida:
Una tarde siempre a olvidar
Una estrella a apagarse en la sombra
Un camino entre dos tumbas —
Por eso precisamos velar
Hablar bajo, pisar suave, ver
la noche dormir en silencio.
No hay mucho que decir:
Una canción sobre una cuna
Un verso, tal vez de amor
Una plegaria por quien se va —
Pero que esa hora no olvide
y por ella nuestros corazones
se dejen, graves y simples.
Pues para eso fuimos hechos:
Para la esperanza en el milagro
Para la participación de la poesía
Para ver la cara de la muerte —
De repente nunca más esperaremos...
Hoy la noche es joven; de la muerte, apenas
Nacemos, inmensamente.
Vinicius de Moraes, poeta y diplomático en la línea directa de Xangô. Saravá! En el poema arriba tenemos retratado aquel que, para muchos, es un evento triste.
Fue extraído del libro "Antología Poética", Editora del Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.
Poema de Natal
Vinicius de Moraes
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes, poeta e diplomata na linha direta de Xangô. Saravá! No poema acima temos retratado aquele que, para muitos, é um evento triste.
O acima foi foi extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.
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