ÉTICA GERENCIAL E A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
José Alirio Peña/ Claritza Arlenet Peña
Em torno ao conceito de ética gerencial pode encontrar-se quatro (4) aspectos, a saber:
1) A ética gerencial está constituída pelo conjunto de pessoas que integram as empresas, as relações de estas pessoas entre se e com aquelas que não formam parte da organização. Deste modo pode falar-se de organizações que aprendem e organizações criativas, porque justamente quem aprende e cria são os seres humanos.
2) A ética há tido um impacto na gerencia. Supondo que a ética, como afirma o Doutor Corredor, é um “fator determinante no ser humano que atua nas organizações” (A Ética e a Gerencia, 2004, p. 184), então pode falar-se de capital humano ou talento humano.
3) Existe uma diferencia, que sinala Drucker (1999), entre fazer as coisas corretas e fazer as coisas corretamente. Em quanto o segundo só se refere a ser eficiente e efetivo (cumprir os objetivos com os recursos disponíveis e no tempo planificado), o primeiro centra o verdadeiro sentido e natureza da empresa, o impacto que terá a gestão, no sentido ético.
4) A ética gerencial, empresarial, ou dos negócios (entendidas como sinônimos) tem padrões internacionais, isto é: as questiones éticas gerais. Não obstante, de acordo a cada país, e mais ainda, segundo assuntos específicos a ética gerencial adquire matizes. Por exemplo, não é o mesmo trabalhar sobre-tempo (horas extras) no Japão que na Venezuela. No primeiro caso é castigo, forma de protesta. No segundo caso se trata de necessidade. Entra aqui então o conceito da cultura organizacional.
Si a cultura organizacional “é a plataforma onde se produz o ambiente, os princípios, valores, convicções, procedimentos e forma como se fazem as coisas, influenciada a sua vez por fatores psicológicos, sociais, pela ação de cada um de seus integrantes através do tempo e definida por fatos culturais fora e dentro de ela” (Diez, 2007), então analisar a cultura duma empresa não é tarefa fácil, mas representa uma vantagem ao momento de gerenciar estrategicamente. Se a organização acredita firmemente em determinados padrões como práticas de gestão (por exemplo a Responsabilidade Social Empresarial), o mais provável é que estes padrões formem parte de seu sistema de gestão. Agora bem, não deve confundir-se a cultura organizacional com o clima organizacional.
El clima organizacional “é o ambiente de trabalho percebido pelos membros da organização e que envolve estrutura, estilo de liderança, comunicação, motivação e recompensas, tudo elo exerce influência direta no comportamento e desempenho dos indivíduos” (Sandoval, 2004). Neste sentido a ética gerencial é diferente ao clima organizacional. A ética gerencial, seguindo a Koontz e Weihrich (2004) se relaciona com a verdade e a justiça, com as expectativas da sociedade, a competência leal, a publicidade, as relações públicas, a autonomia dos consumidores, o comportamento das empresas tanto no país de origem como no estrangeiro e as responsabilidades sociais. Mas afirmar que a responsabilidade social empresarial é igual à ética gerencial é reduzir esta última a uma só dimensão. Por tanto ética empresarial não só é responsabilidade social.
Então, Como pode conceitualizar-se a Responsabilidade Social Empresarial (RSE)? Não é um término novo. Atualmente são muitas as empresas identificadas com a RSE. De aí que importa fazer uma revisão do que pensam alguns gerentes venezuelanos sobre este término. Todas estas visiones compartem em comum o fato que se trata da responsabilidade que a organização assume frente à sociedade. Se converte num elemento da estratégia que deve ser mensurável. Estas visões em términos de Lindbaek(2003) se agrupam num enfoque descritivo (caracteriza o que de fato está fazendo a empresa). Por outro lado, estudiosos na área de RSE se agrupam num enfoque normativo onde se detalha o que se pensa que a corporação deveria estar fazendo (seguindo, novamente, a Lindbaek, ob. cit). Este é o caso de Guédez quem afirma que a RSE é uma aliança social, é dizer a capacidade da empresa de trabalhar em conjunto com a comunidade a favor dum propósito, mas que convive com a filantropia e a investimento social (A Ética e a Gerencia, 2004). Também o caso de Francés (2007) quem manifesta que a RSE é um conceito tradicional e deve falar-se de Compromisso Social: o ir mais além da mera responsabilidade, ser parte intrínseca da estratégia. O clima organizacional está relacionado com a Responsabilidade Social Empresarial?
As ações de RSE devem focar-se em primeira instancia nos públicos internos. Uma empresa é socialmente responsável quando se integra ao desenvolvimento social e cultural da comunidade, mas também quando potencia a relação com seus próprios empregados, já seja através de melhoras no ambiente laboral ou permitindo o treinamento e desenvolvimento (crescimento profissional e pessoal) de cada uno.
Em palavras de Mariela Colmenares, vice-presidente de Comunicações Externas e Assuntos Sociais de Banesco (Battaglia, 2006):
“Não podemos executar ações sociais com a comunidade se não garantimos um ambiente laboral digno, caracterizado pela liberdade sindical, respeito às diferencias, igualdade de gênero, assim como o desenvolvimento profissional de quem trabalham na empresa. Oferecer um clima organizacional favorável, gera maior produtividade do pessoal, coleta a fidelidade para a empresa e propicia a formação de círculos virtuosos que motivam aos empregados a superar as metas de trabalho”.
Como fomentar a prática de RSE na formação de Gerentes nos recintos universitários?
Há universidades onde a ética é questão de princípios, existindo pressões externas ou não. Para outras é só moda. Aos gerentes estratégicos em formação deve conscientizar-se das dificuldades do entorno e da RSE que devem assumir frente a elas. Para Molina (s.f.), docente- investigador da Universidade Pontifícia Bolivariana em Medellín (Colômbia) é necessário mostrar de viva voz a quem exitosos
Referencias
• Battaglia, P. A Rentabilidade é RSE (2006, 12 de maio). El Universal
• Diez, E. (2007). La Cultura y la responsabilidad social: binomio estratégico en las organizaciones. Visión Gerencial,2, 231-244
• Drucker, P. (1999). Los desafíos de la Gerencia para el siglo XXI. Bogotá: Norma
• Francés, A. (2007). De la responsabilidad social al compromiso social. Debates Iesa, ¿Está surgiendo en Venezuela la empresa del futuro?, 4.
• Koontz, H. y Weihrich, H. (2004). Administración: Una Perspectiva Global. México: McGraw-Hill.
• La Ética y La Gerencia (2004). Entrevista realizada por la Profesora María Dolores Padrón. UNESR Gerencia 2000, 5, 184-194.
• Lindbaek, J. (2003, junio). La Ética y la Responsabilidad Social Empresarial. Ponencia presentada al Seminario Internacional “Capital Social, Ética y Desarrollo: Los desafíos de la Gobernabilidad Democrática, Caracas. Extraído el 2 de febrero de: www.iigov.org/eg/attachment.drt?art=197619
• Molina, N. (s.f). ¿Cómo deberían las escuelas de negocios fomentar en sus alumnos la práctica de la responsabilidad social empresarial. Latin American Council of Management Schools. Extraído el 2 de febrero de: http://en.cladea.org/opinion-network/resp-soc/
• Sandoval, C. (2004). Concepto y dimensiones del clima organizacional. Hitos de Ciencia Económico Administrativas, 27, 78-82.
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