CONFIANÇA
14/09/2009.
WASHINGTON (AFP) - A confiança na imprensa está diminuindo nos Estados Unidos, onde um número cada vez maior de americanos considera a cobertura das notícias errada ou subjetiva, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira.
Apenas 29% das 1.506 pessoas entrevistadas pelo Pew Research Center entre os dias 22 e 26 de julho acreditam na veracidade das notícias divulgada pelos meios de comunicação, contra 63% que pensam o contrário.
Da mesma forma, 60% dos entrevistados consideram que falta objetividade aos meios de comunicação, contra 45% em 1985. Apenas 20% dos americanos acreditam que os meios são independentes do poder, e 21% que eles estão dispostos a reconhecer seus erros.
A pesquisa ainda revelou que a televisão continua sendo o meio de informação dominante nos Estados Unidos (71%), antes da Internet (42%) e da imprensa escrita (33%).
Alguns comentários:
“A perda de confiança paralisa a todo o mundo, e faz que ninguém gaste um centavo”.
“O lubrificante fundamental de qualquer transação é a confiança”
“Durante o New Deal estadunidense de Franklin Roosevelt, nas sociedades socialdemocratas desenvolvidas de Escandinávia, e nos Estados de bem estar de Europa Ocidental posterior à Segunda Guerra Mundial, se dava por entendido que qualquer instituição que administrara grandes quantias de dinheiro tinha que estar regulada por funcionários responsáveis.
Também se acreditava que para que o fluxo de dinheiro servisse para incrementar a prosperidade do conjunto da sociedade, a gente devia ter um salário decente e poder opinar sobre suas condições laborais, e também contar com uma assistência sanitária e uma pensão aposentadoria que lhe deram confiança na hora de gastar seu dinheiro. Em términos econômicos, as décadas que mediam entre 1950 e 1980 foram as melhores da história para os habitantes do entorno capitalista democrático. Mas o presidente Ronald Reagan, Margaret Thatcher e, em geral, os teóricos do conservadorismo econômico, começaram a postular que "o Governo é o problema, não a solução", e que a regulação dos bancos e os mercados de valores obstaculizava o criativo desenvolvimento econômico.
A existência de bastantes ineficiências e erros nos serviços públicos concedeu certa veracidade a essas ideias, e os falhos da regulação se aprofundaram, pelo singelo expediente de nomear a reguladores que não acreditavam realmente nas normas que supostamente deviam fazer cumprir.
Os meus 88 anos, meus desejos para o Ano Novo são que a gente ambiciosa e enérgica limite seu apetite de pura e simples riqueza, e que todos os Governos democráticos, de direita, centro ou esquerda, reconheçam que a prosperidade econômica depende absolutamente da confiança, e que esta depende de virtudes tão antiquadas como a honestidade e a moderação.”
Gabriel Jackson - historiador estadunidense.
“E o sistema capitalista, sim aquele que faz uns meses chamavam neoliberalismo econômico, pero que agora se voltou a se chamar capitalismo, é o sistema que mais recorre à confiança. A confiança é a essência do capitalismo. O capitalismo necessita que os cidadãos consumam, e estes consumem só se estão seguros de que tem dinheiro suficiente hoje e dinheiro suficiente amanhã, para o qual necessitam ter um emprego hoje e confiar em ter um emprego amanhã. Todo é, em definitiva, uma questão de confiança.
Uma confiança que está em crise. Os governos do mundo Ocidental têm reagido bem, tarde, pero bem, ante a crise financeira e econômica que nos está assolando, pero suas medidas, do todo apropriadas e ortodoxas, não estão surtindo o efeito que todo acadêmico poderia prever.
Por quê?
Porque a gente há perdido a confiança. Os cidadãos já não confiam em nosso sistema, já não confiamos em nossos governantes, já não confiamos no amanhã. Aqueles que têm perdido seu emprego não confiam em encontrar outro num prazo breve de tempo, em tanto que os que ainda o conservam não confiam em conservá-lo durante muito tempo. Se há quebrado a confiança
Fonte: O livre-pensador –
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