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terça-feira, 22 de setembro de 2009

ImportaRSE - Florianópolis

Sustentabilidade como impulsora da inovação

A C. K. Prahalad o conhecemos pela contribuição à Teoria da Base da Pirâmide e a dos Negócios Inclusivos. Fala deles, porque provêm dum dos países que mais potencial tem para provocar câmbios positivos nessa esfera social: a Índia.
poucos dias escreveu um artigo para Harvard Business Review

Why the Sustainability is Now the Key Driver of Innovation?” e a raiz dele, o blog Green Inc. do The New York Times o entrevistou telefonicamente para conhecer como se unem estes dois aspetos (a Inovação e a Sustentabilidade) com seu conhecimento da Base da Pirâmide.
A respeito, Prahalad destacou que considerando que “de três a quatro mil milhões de pobres aspiram sair da pobreza” ingressando na economia formal através das microempresas isso “agregará pressões sobre o meio ambiente que são impossíveis de predizer”, estimando que essa inclusão implique no futuro um maior consumo de recursos como água, energia, matérias-primas e transporte.
O autor diz ademais que “as companhias com visão de futuro, as empresas com boa liderança, devem preparar suas organizações para o inevitável [a sustentabilidade] e converter isso em oportunidades”.
Sobre o artigo escrito para HBR, Martha Belden realizou uma excelente tradução ao espanhol (e mais completa que a versão livre do artigo) no blog EstratégiaRSE que recomendo ler.
Se trata ao tema da sustentabilidade como chave para assegurar a competitividade da empresa.

Os autores, Ram Nidumolu, C.K. Prahalad y M.R. Rangaswami, fizeram um estudo de iniciativas de sustentabilidade em 30 grandes empresas como HP, Clorox, Cisco e Fedex. A investigação demonstra que a sustentabilidade é a rama principal das inovações organizacionais e tecnológicas já que ao preocupar-se pelo meio ambiente traz benefícios à companhia em geral.
A busca da sustentabilidade está começando a transformar a competitividade já que forçará às empresas a trocar a maneira em que vêem a seus produtos, tecnologias, processos e modelos de negócio. De acordo ao estudo, isto não representa um caminho fácil, ao contrário, os autores têm dividido esta transformação em cinco etapas de câmbio. Cada etapa possui seus próprios desafios e em cada uma se devem desenvolver novas capacidades para que a empresa siga melhorando. As etapas são as seguintes:
Etapa 1: Ver o respeito das leis como uma oportunidade.
As regulações meio ambientais variam entre regiões, países e inclusive cidades. As companhias que se enfocam em cumprir com as novas normas têm mais tempo para experimentar com materiais, tecnologias e processos e por isso de criar melhores produtos. Ademais as companhias que estão à vanguarda nestes temas são as que identificam oportunidades de negocio antes que seus competidores.
Este tema é crítico para países como os latino-americanos, onde ainda não existem normas claras que exijam as companhias cumprir com certos padrões para diminuir seus resíduos sólidos ou emissões de gases. Sem embargo, cada vez mais governos estão estabelecendo e assegurando-se de que as empresas operem duma maneira responsável.
Etapa 2: Fazer a cadeia de valor sustentável
Uma vez que as companhias têm aprendido a manter o mesmo passo que a regulação, se voltem mais proativas com os temas meio-ambientais. As empresas podem desenvolver operações sustentáveis ao analisar cada uma das partes de sua cadeia de valor. As ferramentas como manejo de carbono, análise do ciclo de vida do produto e seleção de fornecedores ajudam às empresas a identificar os pontos fracos em sua cadeia de valor. Uma vez lograda esta etapa, a companhia é capaz de criar mecanismos que relacionam suas iniciativas de sustentabilidade aos resultados do negócio.
Isto se aplica na América Latina especialmente nas PYMES, que representam à maior parte das empresas nestes países. Algumas PYMES são fornecedoras de grandes empresas, por tanto formam parte de sua cadeia de valor. Se uma empresa multinacional conta com uma planta em certo país, e quer ser responsável deverá revisar que seus sócios e fornecedores também o sejam.
Etapa 3: Desenho de Produtos e Serviços Sustentáveis
Nesta etapa é importante que os gerentes da empresa reconheçam que um grande número de consumidores prefere produtos que não danam ao meio ambiente, e podem tirar vantagem à concorrência ao redesenhar ou criar novos produtos. Para desenhar estes produtos, as empresas devem entender as preocupações do cliente e examinar cuidadosamente o ciclo de vida do produto. Ao mudar-se a novos mercados, tem que trabalhar em conjunto com organizações da sociedade civil.
Etapa 4: Desenvolvimento de novos modelos de negócio
Os novos modelos de negócio bem sucedidos incluem maneiras nobres de gerar ingressos e fornecer serviços em conjunto com outras empresas. O desenvolvimento de novos modelos de negócio requer de explorar distintas alternativas das maneiras atuais de fazer negócio assim como entender de que outras formas podem lograr a satisfação de seus clientes.
No caso da América Latina, cada vez mais empresas estão chegando ao mercado da base da pirâmide. Isto o realiza ao incluir a pessoas comumente excluídas de atividades econômicas como fornecedores, clientes ou inclusive sócios.
Etapa 5: Criação de Plataformas de práticas à futuro
As práticas à futuro trocam os paradigmas existentes. Para desenvolver inovações que dirijam as novas práticas, os executivos deverão questionar todo o que “se da por feito” o que é implícito nas práticas atuais.

Ao questionar o “status quo”, as pessoas fizeram câmbios para melhorar o funcionamento da empresa.
No artigo se encontram exemplos concretos da aplicação de cada uma destas etapas. Cabe recalcar que em sua maioria são empresas em países desenvolvidos, e que talvez a agenda para os países em desenvolvimento não seja a mesma, por suas prioridades e necessidades. Sem embargo, se uma empresa quer se manter competitiva a nível global, deverá buscar incluir o tema da sustentabilidade.
Para ler mais sobre o artigo visite: Harvard Business Review
Fonte: Leciones Aprendidas

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