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domingo, 13 de setembro de 2009

ImportaRSE - Florianópolis


Ignorante soberbia na Responsabilidade Social
10 Setembro 2009
Achava-me dias passados refletindo sobre quantas espécies habitamos este mundo da RSE e acredito que poderíamos gerar toda uma mitologia sobre isto.
Como mostra, vou contar-lhes que a semana passada participe dum pequeno curso nas muitas temáticas que envolvem a responsabilidade social; sempre é bom acudir a estes encontros, não só pelo que se possa aprender, senão pelo intercâmbio de ideias com os outros congregados… claro, sempre e quando não se topem com a espécie Soberbius Excesus, como me aconteceu a mim.
Se trata duma raça predadora por natureza, entenda-se por elo que caça e da morte a todo aquele que pretenda sinalar ou rebater algum argumento dela. Devo expressar que ironicamente, esta espécie deve sua natureza farto violenta, ao temor que lhe infunde seu próprio desconhecimento sobre o tema.
De modo que aí estávamos analisando tópicos baixo uma metodologia de casos; o instrutor chegou assim à clássica publicidade de Burger King, onde ridiculizam a México com um mal uso de sua bandeira.
— Isto é um exemplo — falou o instrutor — de áreas de marketing e RSC que trabalham de forma dês-conexa.
— Sim claro, isso é definitivo — saltou a fera em questão, uma fêmea que se ostentava como gerente de RS de não lembro que empresa — Por suposto que estavam desconectadas essas áreas porque na realidade em Espanha, onde a SA8000 é tão forte, isso normalmente não houvesse acontecido.
SA8000? — perguntou o instrutor.
— Sim, claro, é uma norma de responsabilidade social — contestou ufana.
— Mas SA8000 é uma iniciativa de RS referente a questões laborais — respondeu o instrutor, fazendo gala de tolerância e educação. Ela só franziu a testa.
Continuou o curso com um segundo instrutor que chegou ao tema da ISO26000; mencionou então que esta norma provavelmente estaria pronta no ano que próximo e que não seria certificável
— Claro que vai a ser certificável — rugiu novamente a companheira em questão.
— Desculpe — respondeu o instrutor, mas desde seu início se falou que sua natureza não seria assim.
— Sabe por que é isso? Por pura política! Por que em realidade as empresas querem ser certificadas. Desejas apostar a que terminará sendo assim? Aposta vai, Aposta uma grana. Eu isso o sei por que estou no comitê espelho.
— Desculpa, eu também estou no comitê — respondeu novamente o instrutor, quem também mostrou muita tolerância.
Minha natureza efervescente me pedia parar-me nesse momento e gritar-lhe à fera que fechara a boca, porque a essência mesma da ISO 26000 é ser uma guia de RS para toda classe de organizações: empresas, entidades do Estado, universidades, ONG, trabalhadores e até consumidores, sem importar tamanho, gerem, procedência, interesse ou desinteresse de lucro. Fazer a norma certificável concentraria sua aplicação nas empresas. O resultado seria que em pouco tempo ISO 26000 se associaria basicamente ao mundo empresarial, quem é o que pode pagar uma certificação, perdendo todo seu caráter universal. ISO 26000 está pensada para milhões de organizações, não para umas poucas empresas.
Não obstante fechei minha boca; sem embargo ela não logro fazer o mesmo.
— Ademais quero dizer que também participo no comitê da norma NMXSTe NMX-SASQR… perdão… NMX-SAST-004-IMNC-2004.
— Não era mais fácil dizer Norma Mexicana de Responsabilidade Social? — pensei.
O instrutor, apesar de que, como depois me comentou, também forma parte desse comitê, não quis responder… agora penso que teve razão, um nunca sabe de que maneira pode reagir uma representante desta espécie.
Já no final do curso, uma das assistentes, que se via recém ingressava no tema, perguntaram quais seriam os passos iniciais e os melhores conselhos que se lhe poderiam dar a uma empresa que começava neste tema. Vários dos assistentes lhe fizeram comentários muito úteis como o que primeiro devia impregnar a cultura da RSE em sua organização, que devia fazer muitos esforços de comunicação interna, que começara desde agora a criar suas medições, etc. Todo era harmonia quando a Soberbius Excesus voltou a atacar.
— Eu, com minha experiência, recomendaria que aprendesse a diferenciar as iniciativas sociais das ambientais...
Se fiz um silêncio sepulcral que nem os grilos, estupefatos, se atreveram a quebrar.
— Falo — continuou — porque eu ao princípio me confundia muito… e é que responsabilidade social me soava a social ne..?, mas agora sei que também envolve questiones ambientais.
Comecei a sentir vergonha alheia...
— E o tip. que te vou dar é… Enfoca nas ações meio ambientais.
Acredito-me que nesse momento, o quorum a despeja porque ninguém respondeu. Incluso a garota que havia formulado a pergunta, guardou silencio por instantes e só respondeu — Ah sim… obrigada —
Por que sucederá este fenômeno? Por que essa vontade irrefreável de dar-se a notar? Por que o incontido afã protagônico? É um mal endêmico do meio da RS; seguramente também de outros meios, mas este é onde nos há tocado desempenhar-nos e quiçá devêramos às vezes ser más humildes para simplesmente saber que não se sabe e estar disposto a aprender.
É verdade que a RSC é uma área de estudo e investigação relativamente nova, mas com todo elo, a bibliografia, os relatórios, os cursos, os estudos e os sites web com informação são já tantos que é impossível saber todo.

Fiquei pensando na frase anônima:

“Se quer que as pessoas pensem que não sabes, fica em silencio. Se quer que tenham certeza, fala.”

Autor: arsênico. Mexico.

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