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terça-feira, 6 de abril de 2010




AS TRÊS RESPOSTAS.



Esta é uma história narrada por Tolstoy, e reproduzida no livro “Para viver em paz – o milagre da mente alerta” de Thich Nhât Hanh.
É a história de três perguntas do Imperador. Ele poderia continuar a reinar satisfeito, sem risco de cometer nenhuma falha, somente se conseguisse a resposta para as seguintes perguntas:

● - Qual é o tempo mais oportuno para se fazer cada coisa?
● - Quais as pessoas mais importantes com quem trabalhar?
● - Qual a coisa mais importante a ser feita?

O Imperador publicou uma declaração, dizendo dar um alto prêmio aquele que fosse capaz de responder às perguntas. Inúmeras pessoas se dirigiram ao palácio oferecendo diferentes respostas.
Em resposta à primeira pergunta alguém aconselho ao Imperador a fazer um planejamento completo, dedicando todas as horas, dias, meses e ano a certas tarefas constantes de programação elaborada e observá-lo ao pé da letra. Só assim teria a oportunidade de fazer cada coisa no tempo certo. Uma segunda pessoa respondeu que seria impossível planejar com antecedência, que deveria deixar todo e qualquer divertimento vão de lado e permanecer atento a tudo, a fim de saber o que fazer na hora certa. Uma terceira disse que o Imperador jamais poderia por si próprio, ter a previsão e competência necessárias para decidir quando fizer cada coisa, e que o que ele realmente precisava era estabelecer um conselho de sábios e agir de acordo ao que for determinado por eles. Uma quarta, em fim, disse que certos assuntos requeriam providencias imediatas, não podendo assim esperar por decisão do conselho, mas se o Imperador quisesse saber dos acontecimentos com antecedência, deveria consultar mágicos e adivinhos.
A resposta à segunda pergunta também não foram satisfatórias. Uma pessoa disse que o Imperador devia depositar toda sua confiança nos administradores, outra nos padres ou monges, outra, nos médicos, e outras, ainda, nos guerreiros
A terceira pergunta trouxe uma variedade similar de respostas. Alguns disseram que a coisa mais importante a fazer era a ciência. Outros falaram em religião. Outros ainda achavam que a coisa mais importante era a arte bélica.
Como nenhuma das respostas satisfez ao Imperador nenhum premio foi concedido.
Após de refletir por várias noites, o Imperador decidiu sair à procura de um eremita que vivia na montanha e que diziam ser um homem iluminado. Sabia-se que ele jamais deixara a montanha e nem recebia ricos e poderosos, apenas os pobres. Ainda assim, o Imperador decidiu ir ao seu encontro para fazer-lhe as três perguntas. Disfarçado de camponês, o Imperador ordenou a seus criados que o esperassem ao pé da montanha enquanto ele subiria sozinho.
Ao chegar ao lugar em que vivia o eremita, o Imperador viu-o lavrando a terra de horta frente a sua pequena cabana. Ao avistar ao forasteiro, o eremita acenou-lhe com a cabeça, continuando a capinar. O trabalho era bastante duro para um homem da aquela idade, e toda vez que enterrava a enxada na terra, para revolvê-la um profundo suspiro acompanhava seu movimento.
Acercando-se dele, o Imperador falou: “Vim até aqui para pedir sua ajuda. Quero que me responda três perguntas:
Qual é o tempo mais oportuno para fazer cada coisa?
Quais as pessoas mais importantes com quem trabalhar?
Qual a coisa mais importante a ser feita?
O eremita ouviu-o atentamente, mas não respondeu. Deu uma palmadinha amistosa no ombro do forasteiro e continuo seu trabalho. O Imperador então disse: “Você deve estar cansado, deixe-me dar uma mão no seu trabalho”. Agradecendo o eremita passou-lhe a enxada e sentou-se no chão para descansar.
Depois de ter cavado dois canteiros, o Imperador parou e, voltando-se para o eremita repetiu as três perguntas. Ao invés de responder, o eremita levantou-se e apontando para a enxada disse: “Porque não descansa agora? Eu posso retomar meu trabalho de novo”.
Mais o Imperador não lhe passou a enxada e continuo a cavar. Assim se passaram as horas, até que o sol começou a se esconder atrás da montanha. O Imperador colocou a enxada de lado e falou para o eremita: “Eu vim até aqui para ver se você seria capaz de responder minhas três perguntas. Mas se não puder responder-las, por favor, me diga, para assim eu voltar para casa”
O eremita perguntou: “Está ouvindo os passos de alguém correndo ali adiante? O Imperador voltou à cabeça e, de repente, à frente de ambos, surgiu de dentro do mato um homem com longa barba branca. Ofegante, o homem tentava cobrir com as mãos o sangue que escorria do ferimento no estômago, avançando em direção ao Imperador antes de tombar ao chão, inconsciente. Abrindo a camisa do homem, o Imperador e o eremita viram que ele havia recebido um corte profundo. O Imperador limpou a ferida, usando sua própria camisa para atá-la, mas o sangue empapou-a inteira depois de poucos minutos. O Imperador então enxaguou a camisa, enfaixando a ferida pela segunda vez, assim continuando até parar de sangrar.
Ao recobrar os sentidos o homem pediu água. O Imperador foi até o rio e trouxe-lhe uma cumbuca de água fresca. Nesse meio tempo a noite já havia descido e o frio se fazia sentir. O eremita ajudou ao Imperador a carregar ao homem até a cabana onde o deitaram sobre a cama. O homem fechou os olhos e adormeceu.
Esgotado por ter passado o dia escalando a montanha e capinando a terra, o Imperador encostou-se contra a porta de entrada e adormeceu. Quando despertou, o dia já estava claro. Por um momento não se lembrava onde estava e para que houvesse ido até ali. Esfregou os olhos e viu um homem ferido que, deitado, também olhava confuso ao redor. Ao ver o Imperador, o homem fixou-o, murmurando com voz fraca:
“Perdoe-me, por favor...”
“O que você fez para que eu o perdoasse?” – respondeu o Imperador.
“Vossa Majestade não me conhece, mas eu o conheço.
Eu era seu inimigo declarado e tinha jurado me vingar por meu irmão ter sido morto na guerra e por minhas propriedades ter sido confiscadas. Quando soube que V.M. vinha sozinho até aqui, resolvi surpreendê-lo no seu caminho de volta e matá-lo. Como não consegui vê-lo após d ter ficado escondido por horas a fio, decidi sair na sua procura. Mas ao invés de encontrar V.M., dei com seus criados que me reconheceram e me feriram. Felizmente consegui escapar e correr até aqui. Se eu não o tivesse encontrado, estaria certamente morto agora. Eu tencionava matá-lo e V.M. salvou a minha vida. Não tenho palavras para expressar quanto estou envergonhado e agradecido. Se eu conseguir me recuperar, juro ser seu servo pelo resto de minha vida e o mesmo ordenarei a meus filhos e netos. “Por favor, dê-me seu perdão”.
O Imperador sentiu uma extraordinária satisfação por ver que havia se reconciliado com um ex-inimigo, tão facilmente. Não só o perdoou como também prometeu devolver-lhe todas as propriedades e mandar seu próprio médico e criados tratarem-no até que se recuperasse totalmente. Depois de ordenar aos criados que acompanhassem o homem até seu lar, o Imperador voltou a ver o eremita. Queria antes de retornar a palácio repetir suas três perguntas por ultima vez. Encontrou o eremita agachado, semeando a terra que haviam preparado no dia anterior. Este, após de ouvir novamente as perguntas do Imperador, disse:
“Mas suas perguntas já foram respondidas”.
“Como assim?” – indagou o Imperador intrigado.
“Ontem, se V.M. não se tivesse compadecido de mim e me ajudado a cavar a terra, teria sido assassinado por aquele homem ao voltar para casa. Por tanto o tempo mais oportuno foi o tempo em que esteve cavando os canteiros, a pessoa mais importante foi eu, e a coisa mais importante a fazer foi me ajudar. Mais tarde, quando o homem ferido apareceu, o tempo mais oportuno foi o tempo em que esteve tratando de seu ferimento, pois sem seu socorro ele teria morrido e V.M. teria perdido a chance de reconciliar-se com ele. Da mesma forma ele foi à pessoa mais importante, e a coisa mais importante foi cuidar de seu ferimento.
“Lembre-se de que só existe um tempo importante e esse tempo é agora. O presente é o único tempo sobre o qual temos domínio. A pessoa mais importante é aquela que esta à sua frente. E a coisa mais importante é fazer essa pessoa feliz”.
Esta estória de Tolstoi parece tirada das escrituras budistas.



LAS TRES RESPUESTAS.
Versão Espanhol.

Esta es una historia narrada por Tolstoi, y reproducida en el libro “Para vivir en paz – el milagro de la mente alerta” de Thich Nhât Hanh.
Es la historia de tres preguntas formuladas por el Emperador. Él podría continuar reinando satisfecho, sin riesgo de cometer ninguna falla, solamente si consiguiera la respuesta para las siguientes preguntas:

● - ¿Cual é o tempo más oportuno para hacer cada cosa?
● - ¿Cuales son las personas más importantes con quien trabajar?
● - ¿Cual es la cosa más importante a ser hecha?

El Emperador publicó una declaración, ofreciendo dar un importante premio a aquel que fuera capaz de responder a las preguntas. Innumerables personas se dirigieron al palacio ofreciendo diferentes respuestas.
En respuesta a la primera pregunta alguien aconsejo al Emperador a hacer un planeamiento completo, dedicando todas las horas, días, meses del año a ciertas tareas constantes de programación elaborada y cumplirlas al pié de la letra. Solo así tendría la oportunidad de hacer cada cosa en su tiempo correcto. Una segunda persona respondió que sería imposible planear con antecedencia, que debería dejar cualquier diversión vana de lado y permanecer atento a todo, a fin de saber lo que hacer en el momento correcto. Una tercera dijo que el Emperador jamás podría por sí mismo, tener la previsión y competencia necesarias para decidir cuándo hacer cada cosa, y que lo que él realmente precisaba era establecer un consejo de sabios y actuar de acuerdo a lo que fuera determinado por ellos. Una cuarta, finalmente, dijo que ciertos asuntos requerían de providencias inmediatas, no pudiendo esperar por la decisión del consejo, pero que si el Emperador quisiese saber de los acontecimientos con anticipación, debería consultar a magos y adivinos.
Las respuestas a la segunda pregunta tampoco fueron satisfactorias. Una persona dijo que el Emperador debía depositar toda su confianza en los administradores, otra en los sacerdotes o monjes, otra, en los médicos, y otras, además, en los guerreros.
La tercera pregunta trajo una variedad similar de respuestas. Algunos dijeron que la cosa más importante a hacer era la ciencia. Otros hablaron de religión. Otros todavía creían que la cosa más importante era el arte bélico.
Como ninguna de las respuestas satisfizo al Emperador ningún premio fue concedido.
Después de reflexionar por muchas noches, el Emperador decidió salir en procura de un ermitaño que vivía en la montaña y del que decían que era un hombre iluminado. Se sabía que él jamás dejaba la montaña ni recibía a ricos y poderosos, solo a los pobres. Aún así, el Emperador decidió ir a su encuentro para hacerle las tres preguntas. Disfrazado de campesino, el Emperador ordenó a sus criados que lo esperasen al pié de la montaña mientras él subía solo.
Al llegar al lugar en que vivía el ermitaño, el Emperador lo encontró labrando la tierra de la huerta frente a su pequeña cabaña. Al avistar al forastero, el ermitaño lo saludó con la cabeza, continuando su trabajo. El trabajo era bastante duro para un hombre de aquella edad, y cada vez que enterraba la azada en la tierra, para revolverla un profundo suspiro acompañaba su movimiento.
Acercándose a él, el Emperador habló: “Vine hasta aquí para pedir su ayuda. Quiero que me responda tres preguntas:
- ¿Cuál es el tiempo más oportuno para hacer cada cosa?
- ¿Cuáles son las personas más importantes con quienes trabajar?
- ¿Cuál es la cosa más importante a ser hecha?
El ermitaño lo escuchó atentamente, mas no respondió. Dio una palmadita amistosa en el hombro del forastero y continuó su trabajo. El Emperador entonces dijo: “Usted debe estar cansado, déjeme darle una mano en su trabajo”. Agradeciendo el ermitaño le dio la azada y se sentó en el suelo para descansar.
Después de haber cavado dos canteros, el Emperador paro y, volviéndose para el ermitaño repitió las tres preguntas. En lugar de responder, el ermitaño se levantó y apuntando para la azada dijo: “¿Por qué no descansa ahora? Yo puedo retomar mi trabajo de nuevo”.
Pero el Emperador no le pasó la azada y continuó cavando. Así se pasaron las horas, hasta que el sol comenzó a esconderse atrás de la montaña. El Emperador colocó la azada de lado y dijo para el ermitaño: “Yo vine hasta aquí para ver si usted sería capaz de responder a mis tres preguntas. Mas si no puede responderlas, por favor, dígame, para poder volver a mi casa”
El ermitaño preguntó: “¿Está oyendo los pasos de alguien corriendo allí adelante? El Emperador volvió la cabeza y, de repente, al frente de ambos, surgió de dentro del bosque un hombre de larga barba blanca. Jadeante, el hombre intentaba cubrir con las manos la sangre que escurría de la herida en el estomago, avanzando en dirección al Emperador antes de caer al piso, inconsciente. Abriendo la camisa del hombre, el Emperador y el ermitaño vieron que él había recibido un corte profundo. El Emperador limpió la herida, usando su propia camisa para vendarla, mas la sangre la empapó entera después de pocos minutos. El Emperador entonces escurrió la camisa, vendando la herida por segunda vez, así continuó hasta parar de sangrar.
Al recobrar el sentido el hombre pidió agua. El Emperador fue hasta el rio y le trajo una vasija de agua fresca. En ese tiempo la noche ya había descendido y el frío se hacía sentir. El ermitaño ayudó al Emperador a cargar al hombre hasta la cabaña donde lo acostaron sobre la cama. El hombre cerró los ojos y se adormeció.
Agotado por haber pasado el día escalando la montaña y trabajando la tierra, el Emperador se recostó contra la puerta de entrada y se adormeció. Cuando despertó, el día ya estaba claro. Por un momento no recordaba donde estaba y para que había ido hasta allí. Estregó sus ojos y vio un hombre herido que, acostado, también miraba confuso a su alrededor. Al ver al Emperador, el hombre lo miró, murmurando con voz débil:
“Perdóneme, por favor...”
“¿Que fue lo que usted hizo para que yo lo perdone?” – respondió el Emperador.
“Su Majestad no me conoce, pero yo lo conozco.
Yo era su enemigo declarado y había jurado vengarme por mi hermano haber sido muerto en la guerra y por mis propiedades haber sido confiscadas. Cuando supe que S.M. venia solo hasta aquí, resolví sorprenderlo en su camino de vuelta y matarlo. Como no conseguí verlo después de haber estado escondido por horas, decidí salir en su búsqueda. Pero en lugar de encontrar a S.M., di con sus criados que me reconocieron y me hirieron. Felizmente conseguí escapar y correr hasta aquí. Si yo no lo hubiese encontrado, estaría ciertamente muerto ahora. Yo intentaba matarlo y S.M. salvó mi vida. No tengo palabras para expresar cuanto estoy avergonzado y agradecido. Se yo consigo recuperarme, juro ser su siervo por el resto de mi vida y lo mismo ordenaré a mis hijos y nietos. “Por favor, deme su perdón”.
El Emperador sintió una extraordinaria satisfacción por ver que se había reconciliado con un ex-enemigo, tan fácilmente. No solo lo perdono sino que también prometió devolverle todas las propiedades y mandar a su propio médico y criados a cuidarlo hasta que se recuperase totalmente. Después de ordenar a los criados que lo acompañaran al hombre hasta su hogar, el Emperador volvió a ver al ermitaño. Quería antes de retornar a su palacio repetir sus tres preguntas por última vez. Encontró al ermitaño agachado, sembrando la tierra que habían preparado el día anterior. Este, después de escuchar nuevamente las preguntas del Emperador, dijo:
“Pero sus preguntas ya fueron respondidas”.
“¿Cómo es eso?” – indagó el Emperador intrigado.
“Ayer, si S.M. no se hubiera compadecido de mi y ayudado a cavar la tierra, habría sido asesinado por aquel hombre al volver para casa. Por lo tanto el tiempo más oportuno fue el tiempo en que estuvo cavando los canteros, la persona más importante fui yo, y la cosa más importante a hacer fue ayudarme. Más tarde, cuando el hombre herido apareció, el tiempo más oportuno fue el tiempo en que estuvo curando de su herida, pues sin su socorro él habría muerto y S.M. habría perdido la oportunidad de reconciliarse con él. De la misma forma él fue la persona más importante, y la cosa más importante fue cuidar de su herida.
Recuerde que solo existe un tiempo importante y ese tiempo es ahora. El presente es el único tiempo sobre el cual tenemos dominio. La persona más importante es aquella que está a su frente. “Y la cosa más importante es hacer a esa persona feliz”.
Este relato de Tolstoi parece extraído de las escrituras budistas.

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