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segunda-feira, 5 de abril de 2010

DEEPAAK CHOPRA


"Cristo não era Cristiano, assim como tampouco Buda foi budista nem Mohamed muçulmano"

Deepak Chopra, nesta entrevista que lhe fiz faze um tempo, não se cala e lança sua dura crítica às religiões, a ciência e a psicologia; por sua parte, nos invita a que escutemos o silencio.

"As religiões expulsaram a Deus de sua própria criação e nem sequer incluem noções de cosmologia". Deepak Chopra.


Deepaak Chopra entrevistado por Ignácio Escribano

El bracelete se assuma com cautelosa suntuosidade debaixo a manga do paletó negro de colo Mao. Como titilando, contra o castanho mate de sua pele bronzeada. O pulso esquerdo, em cambio, está vacante. Deepak Chopra não usa relógio.
-Por quê?
-“Não sei - responde um pouco se rindo e outro tanto com rosto de... vai fazer o que?... -.
“Nunca experimentei a necessidade de medir o tempo; é mais, a verdade é que não acredito em sua existência”.
A agenda vertiginosa, ao menos, não parece intimidar no mais mínimo a esta sorte de “poeta-profeta da medicina alternativa”, a quem a revista Time distinguiu, em 1999, entre “Os 100 principais ícones e heróis do século XX”.
Com a distensão dum dia feriado (ou “mais aborrecido que bailar com a irmã”, como me falaria um taxista antes de chegar ao lugar da entrevista, num camarim do teatro Opera em Buenos Aires), o guru da medicina ayurvédica se expressa em sintonia com o Dalai Lama:
“Se queremos trocar o mundo temos que começar por nós mesmos”.
E destaca que em meio das turbulências que atravessa o homem moderno, mais que nunca, é fundamental que aprendamos a sossegar nossa mente; já seja por meio da meditação, a ioga ou como mais a gosto se sinta um.
Para Chopra, é fundamental que nessa abstração do incessante ruído cotidiano um se possa perguntar-se, genuinamente, quem sou, que desejo nesta vida.
“Do contrario, seguiremos hipnotizados pelos condicionamentos impostos desde fora; à máscara social, por medo à rejeição, lhe gosta a aprovação, e quando um se transforma em elo de essa hipnose sociocultural deixa de ser quem verdadeiramente é”, adverte o autor de “As sete leis espirituais do sucesso, Cura quântica e outra boa quantidade de best sellers.
“Isso, desligar a radio e a TV!”, assente, com uma leve inclinação de cabeça. E confessa, ademais, não compartir no absoluto “essa idéia tão naif do pensamento positivo” (positive thinking), que em ocasiones lhe costumam atribuir.
“Acredito, sim - aclara-, no exercício de ver a realidade de maneira criativa, algo que só se logra conectando-se com um mesmo no mais profundo dos silêncios.
“Claro que, primeiro, há que saber que se está buscando e quais são as possibilidades que nos oferece cada situação, por mais trágica que pareça.”
Na vacuidade do recinto, sua voz grossa, algo monótona, traz certas reminiscências desse som surdo, constante e de fundo (drone), tão característico da música indiana.
“Então, ajá! -exclama, interrompendo seu discurso uniforme com um forte chasqueio de mãos-, desde esse silencio, que tem sido a fonte de inspiração das grandes comedias, pensamentos filosóficos e descobrimentos da humanidade, brotam respostas originais, e um se encontra em condições de superar a adversidade”.
Segundo Chopra, a costume de condenar, criticar e se queixar não serve mais que para perturbar a própria mente; pelo que nos invita a transformar essa energia “mal gastada” num ato feraz. Como participar junto a quem estão fazendo tarefas concretas pelo bem da comunidade.
“Esse já é um bom começo -alenta- E, neste sentido, considero dum valor extraordinário as alianças estratégicas entre meios de comunicação, instituições científicas, líderes espirituais e indústrias de entretenimento. Depois de tudo, aí está esse 10 por cento da população que marca as tendências: desde roupa, carros ou políticos de moda, até cada minúcia do fazer cotidiano.”
Agora, a que se deve o tremendo peso de apenas uns poucos? “Basicamente, ao alto desenvolvimento de seu potencial criativo; isso os faz pioneiros nos mais diversos âmbitos da cultura”, explica.
Bem plantado em seus sapatos negros fechados Prada, desses que se vem cômodos mais elegantes, Chopra não se surpreende pelo fenômeno das salas de espetáculos portenhas lotadas de bote a bote, inclusive em tempos de recessão econômica.
“É outra demonstração de que as necessidades básicas do ser humano permanecem inalteráveis em tempos críticos; a poesia mesma, que é a linguagem da alma, tem sobrevivido a todas as revoluções”, reflete o médico indiano que soube amalgamar, e transmitir, a quinta-essência da física quântica, a saúde, a arte e os ensinos da antiga tradição védica.
“É mais - agrega-, com a poesia se pode influenciar positivamente a toda uma população; neste sentido, o ex-presidente da República Checa, Václav Havel, que é poeta e dramaturgo, tem sido um líder visionário”.
Chopra reconhece haver descoberto a poesia, “essa fonte inesgotável de paixão, amor e inspiração”, na obra do poeta bengali Rabindranath Tagore.
“Este frágil recipiente o tem vaziado uma e outra vez para encher-lo eternamente de vida nova… Passam os séculos, e tu continuas vertendo, e ainda há espaço para encher”, escreve Tagore, em Gitanjali, aludindo à pletórica qualidade do desapego: essa atitude frente à vida, com selo bem oriental, que não deveria se confundir com a apatia ou a insensibilidade.
¬“Não obstante, quando não se ha vivido plenamente com paixão, o desapego costuma ser sintoma de medo e inseguridade; primeiro -sugere Chopra- há que sentir o sabor da paixão. Vocês os latinos são conhecidos em tudo o mundo por seu sangue quente. Sintam toda a paixão que possam! Faz pouco estive na Espanha. Aí vivem melhor que nos Estados Unidos.
Que têm cambiado? “Expressam seu espírito; algo que não é possivel quando se tem baixa auto-estima”.
Deepak Chopra encarna um personagem controvertido. Deste lado do canal de Suez “peca” por transcender a rigidez da mente ocidental que, como descreve Jung num prólogo do I Ching, todo o seleciona, pesa, peneira, classifica e separa; para a austeridade oriental, provavelmente sejam excessivos tantos dígitos em seu haver.
Em 1994, a revista Forbes o definiu como “o último duma serie de gurus que têm prosperado combinando ciência, psicologia e hinduísmo pop”.
Como for, seria ocioso deter-se nos dardos das diatribes que nem ao mesmo Chopra parecem estropiar-lhe o sonho.
“As mesmas sociedades científicas que até faz pouco concebiam aspectos meramente materialistas e tecnológicos estão cambiando radicalmente - observa-; de fato, cada vez mais faculdades nos Estados Unidos e o resto do mundo me solicitam cursos sobre medicina ayurvédica”.
O autor de Conhecer a Deus: A viagem da alma rumo ao mistério dos mistérios, insiste na transcendência do silencio: “É o ponto desde o qual a consciência humana cruza os limites quânticos; é dizer, abandona o mundo material e se submerge numa região composta de energia e informação, mais além do tempo e o espaço”.
“Aí, onde só existe amor, compaixão, intuição, criatividade e uma genuína sensação de conexão, a espiritualidade impõe suas próprias leis, que lhe pertencem ao campo da sabedoria. As religiões, que expulsaram a Deus de sua própria criação, nem sequer incluem noções de cosmologia e evolução; e isso só as volve demasiado primitivas”, dispara Chopra, sem nenhum esforço por se reprimir. E, sem vacilar, remata:
“Cristo não era Cristiano, assim como tampouco Buda foi budista ou Mohammed muçulmano; a religião, que tem feito de Deus um chefe tribal, não é mais que uma mera institucionalização, bem poderia dizer-se diabolicamente fundamentadas, das verdades reveladas por Deus a cada um destes homens santos. Por isso digo que as religiões, separatistas e amedrontadoras por natureza, são sinônimas de dogma, poder, ideologia e minuciosos sistemas de manipulação”.
As psicoterapias, principalmente as de origem freudiana, tampouco quedam a salvo da aspereza de seus comentários.
“É curioso todas as pessoas que se seguem analisando depois de mais de vinte e até trinta anos, e que, além disso, se voltam dependentes do terapeuta”, se surpreende Chopra.
Mais benévolo com as escolas jungianas, “que ao ter em conta a existência dum inconsciente coletivo permitem um aproximação muito mais aprofundado do ser”, prognostica que a espiritualidade passará a ser o eixo central na incessante busca do conhecer te a você mesmo.
“Nada mais fascinante que ver como a psicologia confunde seus limites com o espírito”, ironiza.
Atualmente, a física quântica, que revela o universo como uma rede indivisível no qual todo está conectado, vai fundindo em lenta alquimia ciência com espiritualidade. “Embora, isso ainda não tem acontecido”, sinala.
Em íntima analogia com aquele fragmento do Xadrez borgiano, que reza:
“Deus move ao jogador, e este, a peça.
Que deus detrás de Deus a trama empeça
De pó e sonho e tempo e agonias?”
Chopra, ao igual que Einstein, também quer “conhecer os pensamentos de Deus”, porque “os demais são detalhes”. E desde a milenária concepção indiana condensada na palavra lila, que em sánscrito significa jogo e vida à vez, reconhece:
“É certo que no fragor cotidiano não sempre resulta singelo ou alentador, mas a vida é e seguirá sendo um jogo, ainda nos piores momentos. Assim são as regras: as forças criativas são tão necessárias como as da inércia. Do contrario, sem dualidade, seria a nada”.
“Queremos permanecer presos no melodrama deste mundo de valores opostos?”, pergunta Chopra, sem rodeios.
“A decisão de se transformar num guerreiro cósmico, como Arjuna, o príncipe do Bhagavad Gita, e formar parte da energia criadora, depende de cada um - diz-. E não para proveito pessoal, senão pelas forças do universo mesmo. Só então sentiremos paixão por este jogo divino chamado vida”.

Versão em espanhol.

"Cristo no era cristiano, así como tampoco Buda fue budista ni Mohammed musulmán"
Deepak Chopra, en esta entrevista que le hice hace un tiempo, no se calla y lanza su dura crítica a las religiones, la ciencia y la psicología; por su parte, nos invita a que escuchemos el silencio.
"Las religiones expulsaron a Dios de su propia creación y ni siquiera incluyen nociones de cosmología". Deepak Chopra.
Deepaak Chopra entrevistado por Ignacio Escribano
El brazalete se asoma con cautelosa suntuosidad bajo la manga del saco negro de cuello mao. Como titilando, contra el castaño fosco de su piel bronceada. La muñeca izquierda, en cambio, está vacante. Deepak Chopra no usa reloj.
-¿Por qué?
-“No lo sé -responde, un tanto riéndose y otro tanto con cara de qué se le va a hacer-.
“Nunca sentí la necesidad de medir el tiempo; es más, la verdad es que no creo en su existencia”.
La agenda vertiginosa, al menos, no parece intimidar en lo más mínimo a esta suerte de “poeta-profeta de la medicina alternativa”, a quien la revista Time distinguió, en 1999, entre “Los 100 principales iconos y héroes del siglo XX”.
Con la distensión de un día feriado (o “más tranquilo que bailar con la prima”, como me diría un tachero antes de llegar al lugar de la entrevista, en un camarín del teatro Opera), el gurú de la medicina ayurveda se expresa en sintonía con el Dalai Lama:
“Si queremos cambiar el mundo tenemos que empezar por nosotros mismos”.
Y subraya que en medio de las turbulencias que atraviesa el hombre moderno, más que nunca, es fundamental que aprendamos a sosegar nuestra mente; ya sea por medio de la meditación, el yoga o como más a gusto se sienta uno.
Para Chopra, es fundamental que en esa abstracción del incesante ruido cotidiano uno pueda preguntarse, genuinamente, quién soy, qué quiero en esta vida.
“De lo contrario, seguiremos hipnotizados por los condicionamientos impuestos desde afuera; a la máscara social, por miedo al rechazo, le gusta la aprobación, y cuando uno se transforma en eslabón de esa hipnosis sociocultural deja de ser quien verdaderamente es”, advierte el autor de Las siete leyes espirituales del éxito, Curación cuántica y otro buen puñado de best sellers.
“¡Eso!, desenchufar la radio y el televisor”, asiente, con una leve inclinación de cabeza. Y confiesa, además, no compartir en absoluto “esa idea tan naïf del pensamiento positivo” (positive thinking), que en ocasiones le suelen atribuir.
“Creo, sí -aclara-, en el ejercicio de ver la realidad de manera creativa, algo que sólo se logra conectándose con uno mismo en el más profundo de los silencios.
Claro que, primero, hay que saber qué se está buscando y cuáles son las posibilidades que nos ofrece cada situación, por más trágica que parezca.”
En la vacuidad del recinto, su voz gruesa, algo monótona, trae ciertas reminiscencias de ese sonido sordo, constante y de fondo (drone), tan característico de la música india.
“Entonces, ¡ajá! -exclama, interrumpiendo su discurso uniforme con un fuerte chasquido de manos-, desde ese silencio, que ha sido la fuente de inspiración de las grandes comedias, pensamientos filosóficos y descubrimientos de la humanidad, brotan respuestas originales, y uno se encuentra en condiciones de superar la adversidad”.
Según Chopra, la costumbre de condenar, criticar y quejarse no sirve más que para perturbar la propia mente; por lo que invita a transformar esa energía “malgastada” en un acto feraz. Como participar junto a quienes están haciendo tareas concretas por el bien de la comunidad.
“Ese ya es un buen comienzo -alienta- Y, en este sentido, considero de un valor extraordinario las alianzas estratégicas entre medios de comunicación, instituciones científicas, líderes espirituales e industrias de entretenimiento. Después de todo, allí está ese 10 por ciento de la población que marca las tendencias: desde ropa, autos o políticos de moda, hasta cada minucia del quehacer cotidiano.”
Ahora, ¿a qué se debe el tremendo peso de apenas unos pocos? “Básicamente, al alto desarrollo de su potencial creativo; eso los hace pioneros en los más diversos ámbitos de la cultura”, explica.
Bien plantado en sus zapatos negros abotinados Prada, de esos que se ven cómodos pero elegantes, Chopra no se sorprende por el fenómeno de las salas de espectáculos porteñas rebalsadas de bote a bote, incluso en tiempos de recesión económica.
“Es otra demostración de que las necesidades básicas del ser humano permanecen inalterables en tiempos críticos; la poesía misma, que es el lenguaje del alma, ha sobrevivido a todas las revoluciones”, reflexiona el médico indio que supo amalgamar, y transmitir, la quintaesencia de la física cuántica, la salud, el arte y las enseñanzas de la antigua tradición védica.
“Es más -añade-, con la poesía se puede influir positivamente a toda una población; en este sentido, el ex presidente de la República Checa, Václav Havel, que es poeta y dramaturgo, ha sido un líder visionario”.
Chopra reconoce haber descubierto la poesía, “esa fuente inagotable de pasión, amor e inspiración”, en la obra del poeta bengalí Rabindranath Tagore.
“Este frágil recipiente lo has vaciado una y otra vez para llenarlo eternamente de vida nueva… Pasan los siglos, y tú continúas vertiendo, y todavía hay espacio para llenar”, escribe Tagore, en Gitanjali, aludiendo a la pletórica cualidad del desapego: esa actitud frente a la vida, con sello bien oriental, que no debería confundirse con la apatía o la insensibilidad.
¬“No obstante, cuando no se ha vivido plenamente con pasión, el desapego suele ser síntoma de miedo e inseguridad; primero -sugiere Chopra- hay que sentir el sabor de la pasión. Ustedes los latinos son conocidos en todo el mundo por su sangre caliente. ¡Sientan toda la pasión que puedan! Hace poco estuve en España. Allí viven mejor que en los Estados Unidos.
¿Qué ha cambiado? Expresan su espíritu; algo que no es posible cuando se tiene baja la autoestima”.
Deepak Chopra encarna un personaje controvertido. De este lado del canal de Suez “peca” por trascender la rigidez de la mente occidental que, como describe Jung en un prólogo del I Ching, todo lo selecciona, pesa, tamiza, clasifica y separa; para la austeridad oriental, acaso sean excesivos tantos dígitos en su haber.
En 1994, la revista Forbes lo definió como “el último de una serie de gurús que han prosperado combinando ciencia, psicología e hinduísmo pop”.
Como fuere, sería ocioso detenerse en los dardos de las diatribas que ni a él mismo Chopra parecen estropearle el sueño.
“Las mismas sociedades científicas que hasta hace poco concebían aspectos meramente materialistas y tecnológicos están cambiando radicalmente -observa-; de hecho, cada vez más facultades en los Estados Unidos y resto del mundo me solicitan cursos sobre medicina ayurvédica”.
El autor de Conocer a Dios: El viaje del alma hacia el misterio de los misterios, insiste en la trascendencia del silencio: “Es el punto desde el cual la consciencia humana cruza los límites cuánticos; es decir, abandona el mundo material y se sumerge en una región compuesta de energía e información, más allá del tiempo y el espacio”.
“Allí, donde sólo existe amor, compasión, intuición, creatividad y una genuina sensación de conexión, la espiritualidad impone sus propias leyes, que le pertenecen al campo de la sabiduría. Las religiones, que expulsaron a Dios de su propia creación, ni siquiera incluyen nociones de cosmología y evolución; y eso sólo las vuelve demasiado primitivas”, dispara Chopra, sin ningún esfuerzo por reprimirse. Y, sin vacilar, remata: “Cristo no era cristiano, así como tampoco Buda fue budista o Mohammed musulmán; la religión, que ha hecho de Dios un jefe tribal, no es más que una mera institucionalización, bien podría decirse diabólicamente fundamentadas, de las verdades reveladas por Dios a cada uno de esos hombres santos. Por eso digo que las religiones, separatistas y amedrentadoras por naturaleza, son sinónimo de dogma, poder, ideología y minuciosos sistemas de manipulación”.
Las psicoterapias, principalmente las de origen freudiano, tampoco quedan a salvo de la aspereza de sus comentarios.
“Es llamativa toda la gente que se sigue analizando después de más de veinte y hasta treinta años, y que, encima, se vuelve dependiente del terapeuta”, se sorprende Chopra.
Más benévolo con las escuelas jungianas, “que al tener en cuenta la existencia de un inconsciente colectivo permiten un acercamiento mucho más profundo del ser”, pronostica que la espiritualidad pasará a ser el eje central en la incesante búsqueda del conócete a ti mismo.
“Nada más fascinante que ver cómo la psicología confunde sus límites con el espíritu”, ironiza.
Actualmente, la física cuántica, que revela el universo como una red indivisible en el cual todo está conectado, va fundiendo en lenta alquimia ciencia con espiritualidad. “No obstante, eso todavía no ha ocurrido”, señala.
En íntima analogía con aquel fragmento del Ajedrez borgiano, que reza:
“Dios mueve al jugador, y éste, la pieza.
¿Qué dios detrás de Dios la trama empieza
De polvo y sueño y tiempo y agonías?”
Chopra, al igual que Einstein, también quiere “conocer los pensamientos de Dios”, porque “lo demás son detalles”. Y desde la milenaria concepción hindú condensada en la palabra lila, que en sánscrito significa juego y vida a la vez, reconoce:
“Es cierto que el fragor cotidiano no siempre resulta sencillo o alentador, pero la vida es y seguirá siendo un juego, aún en los peores momentos. Así son las reglas: las fuerzas creativas son tan necesarias como las de la inercia. De lo contrario, sin dualidad, sería la nada”.
“¿Queremos permanecer atrapados en el melodrama de este mundo de valores opuestos?”, pregunta Chopra, sin rodeos.
“La decisión de transformarse en un guerrero cósmico, como Arjuna, el príncipe del Bhagavad Gita, y formar parte de la energía creadora, depende de cada uno -dice-. Y no para provecho personal, sino por las fuerzas del universo mismo. Sólo entonces sentiremos pasión por este juego divino llamado vida”.

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