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quinta-feira, 13 de maio de 2010

DESPERTAR


Porque a mim? Porque isto? Porque agora?________________________________________
Robin Norwood


Às vezes, quando temos passado muito tempo e esforço buscando respostas sobre um tema em especial, o Universo proporciona subitamente uma chave importante que ilumina nosso entendimento. Ter-me passado a maior parte da vida preocupada, no pessoal e no profissional, pela natureza das relações humanas, sua dinâmica e sua finalidade; faz alguns anos me brindou uma dessas chaves. Então eu ainda praticava a psicoterapia, porém experimentava uma crescente frustração com o enfoque com que me havia ensinado a compreender a conduta humana.

Um dia, em quanto conversava com uma psíquica profissional sobre as dificuldades que cada uma encontrava em seu trabalho, minha amiga afirmou acaloradamente:
- O que mais me incomoda é que meus clientes utilizem uma suposta situação de vidas anteriores para justificar a perfeita idiotice que estão cometendo no presente.
Logo descreveu o caso de uma mulher à que havia visto algumas semanas antes. Minha amiga intuiu muito pronto que seu matrimonio era um erro sem esperanças. Considerando o óbvio tormento que constituía para ambas as partes, se expressou sem rodeios:
Vocês dois deveriam ter se separado faz anos – diz a sua cliente.
Mas a mulher se limitou a sorrir enigmaticamente, explicando que, nos primeiros tempos de casada, havia consultado a outro psíquico; este lhe havia dito que, em outra vida, seu esposo havia sido um filho ao qual ela abandonou e que, como resultado, padeceu terríveis sofrimentos e morreu.
- Assim que já vê você –falou a mulher, com uma intensa decisão na voz- de nenhum modo posso abandonar-lo outra vez nesta vida.
- Pois será melhor que o faça – lhe informou minha amiga, a psíquica-, porque tal como estão às coisas, você o está matando outra vez!


Relações e destino
Por muitos anos me rondou na mente a história dessa mulher, decidida a garantir a seguridade de seu esposo a qualquer preço, com o qual provocava justamente o resultado que desejava evitar. Parecia-me uma alegoria críptica, uma versão em têrmos de relações do clássico conto de John O’Hara: "Cita em Samarra". Quiçá lembres esse relato no que um homem se informa no mercado, uma manhã, de que a Morte irá a buscar-lo essa mesma noite. Desesperado por evitar seu destino, o homem foge aterrorizado e viaja durante todo o dia, até bem tarde da noite; quando considera que tem posto suficiente distância entre ele e a Morte, decide deter-se a descansar. Já entrada a noite, na afastada Samarra, se encontra de pronto face a face com a Morte, que o elogia por haver sabido apresentar-se a tempo a cita, embora haver estabelecido um local tão afastado de seu lar.

Esta arrepiante lenda e o relato da cliente da psíquica parecem estar expressando o mesmo: que selamos nosso destino com os mesmos esforços que fazemos para evitar-lo. Em verdade, se diria que, quando acreditamos estar escapando não fazemos mais que correr a toda pressa para abraçar o fim temido. Sobre tudo nas relações, parecem existir correntezas ocultas que utilizam nossos desejos e intenções conscientes para produzir o efeito oposto. Por certo, pareceria que qualquer relação significativa tem, na realidade, uma vida independente com um propósito muito oculto a nossa consciência.

Correspondem-se isto com tua própria experiência, em algum sentido? Nunca tem tido a sensação de que, contrariamente a todos teus desejos e motivos conscientes com respeito a uma pessoa próxima existem uma força invisível e irresistível que maneja vossa relação e a define? Que, como no caso da mulher mal casada, teus melhores esforços por evitar o desastre e navegar para porto seguro só servem para impulsionar-te a encalhar nos mesmos arrecifes que tanto tratavas de esquivar? Porém se tal é o caso, porque se produz e que finalidade cumpre?


O verdadeiro propósito das Relações.
Quando olho para trás, desde a perspectiva de quase cinqüenta anos, caiu na conta de que tem vivido tratando de achar a chave básica para explicar porque nós, os seres humanos costumaram suportar tantos sofrimentos nas relações com o próximo. Em meus quinze anos de psicoterapeuta descobri muitas coisas… porém nunca a chave. Como aquele a quem as árvores impedem ver o bosque, estava perto demais, enredada de mais nos detalhes de minha vida e as de meus pacientes como para ver o quadro geral. Necessitava uma maior distância. E a vida me deu o que me fazia falta. O panorama se despejou e passei seis anos observando, lendo, refletindo… até que comecei a compreender.

Por fim compreendi que nossas relações mais significativas existem por um motivo muito diferente do que acreditamos já seja pessoalmente como indivíduos ou coletivamente como sociedade. Sua verdadeira finalidade não é fazer-nos felizes, satisfazer nossas necessidades nem definir nosso sitio na sociedade, nem tampouco mantermos fora de perigo… senão fazer-nos crescer rumo à Luz.

O fato simples é que, junto com essas pessoas às que estamos vinculadas por parentesco, casamento ou amizade profunda, nos temos fixado um rumo com riscos e obstáculos ideados para levar-nos de um ponto da evolução a outro. De fato, quando tratamos de compreender a natureza de nossas relações humanas, muitas vezes difíceis, faríamos bem em lembrar que existe una eficiência impecável e implacável no Universo, cuja meta é a evolução da consciência. E sempre, sempre, o combustível dessa evolução é o desejo.

Na raiz mesma da Criação está o desejo da Vida de manifestar-se na forma. Isto é a vontade de ser. E implícita em todas as formas, desde a mais baixa a mais evoluída, está o desejo ou a vontade do devir. Devir que? Em expressão, em matéria física da Força trás a Criação, uma expressão maior e plena, mais completa, pura e perfeita. Esta vontade do devir existe em todos os setores, desde o átomo mais diminuto até a soma do Universo físico; desde as regiões mais exaltadas da existência até este plano físico no qual moramos , a humanidade. Embora nossa perspectiva, necessariamente limitada, pareceria às vezes negar este fato, os humanos nos vemos impulsionados para esse Devir com todo o resto da Criação.

A alma, que nos envia pelo Caminho, é obrigada pelo desejo a se acercar mais a Deus. Nós, como personalidades, facilitamos esta meta por nosso próprio desejo natural de buscar o prazer e evitar a dor. Para aqueles de nós que satisfazemos com relativa facilidade as necessidades fundamentais de comida, teto e segurança, são as relações humanas as que nos proporcionam tanto a cenoura como a vara que nos mantém em movimento. Daí a criança difícil; o adolescente rebelde; o pai que defrauda o que rejeita ou o desvalido que nos afoga; o amigo que nos traiu; o empregador que nos explora; o ser amado que não nos corresponde; o cônjuge que nos desilude ou nos critica; que nos abandona ou morre; as pessoas que ocupam nossos pensamentos e jogam com nossas emoções, aqueles com quem vivemos; os que provocam nossas ânsias ou nossa preocupação, competência ou rebeldia; aqueles por quem nos sacrificamos e sofremos. Todos eles nos empurram, arrastam e estimulam ao longo do Caminho que compartilhamos com eles, o Caminho para Despertar.

Despertar de que?... das ilusões que ainda albergamos com respeito a nós, o mundo e nosso sitio nesse mundo; dos defeitos de caráter que ainda devemos admitir e superar e, em tanto avançamos a uma espiral mais alta do Caminho, Despertar gradualmente de todos nossos desejos egoístas.


¿Por qué a mí? ¿Por qué esto? ¿Por qué ahora?
________________________________________
Robin Norwood


A veces, cuando hemos pasado mucho tiempo y esfuerzo buscando respuestas sobre un tema en especial, el Universo proporciona súbitamente una clave importante que ilumina nuestro entendimiento. Me he pasado la mayor parte de la vida preocupada, en lo personal y en lo profesional, por la naturaleza de las relaciones humanas, su dinámica y su finalidad; hace algunos años se me brindó una de esas claves. Por entonces yo aún practicaba la psicoterapia, pero experimentaba una creciente frustración con el enfoque con que se me había enseñado a comprender la conducta humana.

Un día, mientras conversaba con una psíquica profesional sobre las dificultades que cada una encontraba en su trabajo, mi amiga afirmó acaloradamente:
- Lo que más me fastidia es que mis clientes utilicen una supuesta situación de vidas anteriores para justificar la perfecta idiotez que están cometiendo en la presente.
Luego describió el caso de una mujer a la que había visto algunas semanas antes. Mi amiga intuyó muy pronto que su matrimonio era un error sin esperanzas. Considerando el obvio tormento que constituía para ambas partes, se expresó sin rodeos:
Ustedes dos deberían haberse separado hace años – dijo a su clienta.
Pero la mujer se limitó a sonreír enigmáticamente, explicando que, en los primeros tiempos de casada, había consultado a otro psíquico; éste le había dicho que, en otra vida, su esposo había sido un hijo al que ella abandonó y que, como resultado, padeció terribles sufrimientos y murió.
- Así que ya ve usted –dijo la mujer, con una intensa decisión en la voz- de ningún modo puedo abandonarlo otra vez en esta vida.
- Pues será mejor que lo haga –le informó mi amiga, la psíquica-, porque tal como están las cosas, ¡lo está matando otra vez!


Relaciones y destino
Por muchos años me rondó en la mente la historia de esa mujer, decidida a garantizar la seguridad de su esposo a cualquier precio, con lo cual provocaba justamente el resultado que deseaba evitar. Me parecía una alegoría críptica, una versión en términos de relaciones del clásico cuento de John O’Hara: "Cita en Samarra". Quizá recuerdes ese relato en el que un hombre se entera en el mercado, una mañana, de que la Muerte irá a buscarlo esa misma noche. Desesperado por evitar su destino, el hombre huye aterrorizado y viaja durante todo el día, hasta bien entrada la noche; cuando considera que ha puesto suficiente distancia entre él y la Muerte, decide detenerse a descansar. Ya entrada la noche, en la lejana Samarra, se encuentra de pronto cara a cara con la Muerte, que lo alaba por haber sabido presentarse a tiempo a la cita, pese a haber fijado un sitio tan lejano de su hogar.

Esta escalofriante leyenda y el relato del cliente de la psíquica parecen estar expresando lo mismo: que sellamos nuestro destino con los mismos esfuerzos que hacemos para evitarlo. En verdad, se diría que, cuando creemos estar escapando no hacemos más que correr a toda prisa para abrazar el fin temido. Sobre todo en las relaciones, parecen existir corrientes ocultas que utilizan nuestros deseos e intenciones conscientes para producir el efecto opuesto. Por cierto, parecería que cualquier relación significativa tiene, en realidad, una vida independiente con un propósito muy oculto a nuestra conciencia.

¿Se corresponde esto con tu propia experiencia, en algún sentido? ¿Nunca has tenido la sensación de que, contrariamente a todos tus deseos y motivos conscientes con respecto a una persona cercana, existe una fuerza invisible e irresistible que maneja vuestra relación y la define? ¿Que, como en el caso de la mujer mal casada, tus mejores esfuerzos por evitar el desastre y navegar hacia puerto seguro sólo sirven para impulsarte a encallar en los mismos arrecifes que tanto tratabas de esquivar? Pero si tal es el caso, ¿por qué se produce y qué finalidad cumple?


El verdadero propósito de las Relaciones.
Cuando miro hacia atrás, desde la perspectiva de casi cincuenta años, caigo en la cuenta de que he vivido tratando de hallar la clave básica para explicar por qué nosotros, los seres humanos, solemos soportar tantos sufrimientos en las relaciones con el prójimo. En mis quince años de psicoterapeuta descubrí muchas cosas… pero nunca la clave. Como aquel a quien los árboles impiden ver el bosque, estaba demasiado cerca, demasiado enredada en los detalles de mi vida y las de mis pacientes como para ver el cuadro general. Necesitaba una mayor distancia. Y la vida me dio lo que me hacía falta. El panorama se despejó y pasé seis años observando, leyendo, cavilando… hasta que comencé a comprender.

Por fin comprendí que nuestras relaciones más significativas existen por un motivo muy diferente del que creemos, ya sea personalmente como individuos o colectivamente como sociedad. Su verdadera finalidad no es hacernos felices, satisfacer nuestras necesidades ni definir nuestro sitio en la sociedad, ni tampoco mantenernos fuera de peligro… sino hacernos crecer hacia la Luz.

El hecho simple es que, junto con esas personas a las que estamos vinculadas por parentesco, casamiento o amistad profunda, nos hemos fijado un rumbo con riesgos y obstáculos ideados para llevarnos de un punto de la evolución a otro. De hecho, cuando tratamos de comprender la naturaleza de nuestras relaciones humanas, muchas veces difíciles, haríamos bien en recordar que existe una eficiencia impecable e implacable en el Universo, cuya meta es la evolución de la conciencia. Y siempre, siempre, el combustible de esa evolución es el deseo.

En la raíz misma de la Creación está el deseo de la Vida de manifestarse en la forma. Esto es la voluntad-de-ser. E implícita en todas las formas, desde la más baja a la más evolucionada, está el deseo o la voluntad-de-devenir. ¿Devenir qué? En expresión, en materia física de la Fuerza tras la Creación, una expresión más grande y plena, más completa, pura y perfecta. Esta voluntad-de-devenir existe en todos los sectores, desde el átomo más diminuto hasta la suma del Universo físico; desde las regiones más exaltadas de la existencia hasta este plano físico en el que moramos nosotros, la humanidad. Aunque nuestra perspectiva, necesariamente limitada, parecería a veces negar este hecho, los humanos nos vemos impulsados hacia ese Devenir con todo el resto de la Creación.

El alma, que nos envía por el Camino, es obligada por el deseo a acercarse más a Dios. Nosotros, como personalidades, facilitamos esta meta por nuestro propio deseo natural de buscar el placer y evitar el dolor. Para aquellos de nosotros que satisfacemos con relativa facilidad las necesidades fundamentales de comida, techo y seguridad, son las relaciones humanas las que nos proporcionan tanto la zanahoria como la vara que nos mantiene en movimiento. De allí el niño difícil; el adolescente rebelde; el padre que defrauda, el que rechaza o el desvalido que nos ahoga; el amigo que nos traiciona; el empleador que nos explota; el ser amado que no nos corresponde; el cónyuge que nos desilusiona o nos critica, que nos abandona o muere; las personas que ocupan nuestros pensamientos y juegan con nuestras emociones, aquellos con quienes vivimos, los que provocan nuestras ansias o nuestra preocupación, competencia o rebeldía; aquellos por quienes nos sacrificamos y sufrimos. Todos ellos nos empujan, arrastran y acicatean a lo largo del Camino que compartimos con ellos, el Camino hacia el Despertar.

¿Despertar de qué?, de las ilusiones que aún albergamos con respecto a nosotros, el mundo y nuestro sitio en ese mundo; de los defectos de carácter que aún debemos admitir y superar y, en tanto avanzamos a una espiral más alta del Camino, Despertar gradualmente de todos nuestros deseos egoístas.

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