UE apresenta novo modelo de relações com América Latina
Ary Pantoja - 30/09/2009
A União Européia, UE, apresentou ontem sua proposta dum modelo diferente em suas relações com América Latina e Caribe pelos próximos cinco anos, definidas como “uma associação de atores globais”, e cujos objetivos giram em torno a “novas orientações e recomendações políticas” na solução de temas como o câmbio climático, a crise econômica e financeira, a seguridade energética e a migração.
“Ademais, propõe criar o Mecanismo de Investimento em América Latina, MIAL, que terá um efeito de alavanca para mobilizar recursos das instituições financeiras para financiar projetos de investimento em infra-estrutura energética, incluídos o rendimento energético e os sistemas de energias renováveis, o transporte, o meio ambiente e a coesão social”, declara num comunicado oficial a UE.
“Esta Comunicação (assim se denomina o modelo de relações) constitui um novo passo visível e tangível para a consolidação de nossa relação já bem assentada e florescente... Nesta ordem de coisas, o novo Mecanismo de Investimento propiciará novos investimentos, especialmente em infra-estruturas, o que permitirá criar novos empregos e fomentar o desenvolvimento econômico nesta região”, sinalou a comissária de Relações Exteriores e Política de Vizinhança da UE, Benita Ferrero-Waldner.
Eixos fundamentais
O modelo, denominado a Comunicação, compreende quatro eixos fundamentais. O primeiro é intensificar e centrar o diálogo bi-regional, e neste marco, intensificar o diálogo político nos âmbitos prioritários, tais como as questões macro-econômicas e financeiras, a seguridade e os direitos humanos, o emprego e os assuntos sociais; o meio ambiente, o cambio climático a energia; o ensino superior a tecnologia e a inovação.
Ademais, desenvolver e consolidar o mecanismo UE-ALC de coordenação e cooperação na luta contra as drogas e prosseguir o diálogo estruturado e global em curso sobre migração “duma maneira aberta e construtiva”, conforme a proposta global da UE sobre a migração.
O segundo eixo é consolidar a integração e a inter-conectividade regionais, dentro do qual se destaca “prosseguir as atuais negociações com América Central (Acordo de Associação) e os países andinos com o MERCOSUL; e apoiar os esforços de integração da região.
O terceiro eixo
Consolidar as relações bilaterais e ter mais em conta a diversidade é o terceiro eixo do novo modelo, no qual se destaca aproveitar plenamente as associações estratégicas existentes (Brasil e México), os Acordos de Associação existentes (Chile e México) e os Acordos de Cooperação bilaterais; assim como consolidar as relações bilaterais com países individuais para complementar o apoio da UE às agrupações regionais.
O quarto eixo contempla “adaptar e adequar os programas de cooperação com América Latina para gerar crescimento sustentável com baixas emissões de carbono, criar emprego, conseguir uma melhor distribuição dos ingressos e atenuar os efeitos da crise econômica e financeira.
Com isto a UE pretende continuar concentrando os recursos financeiros do Instrumento de Cooperação ao Desenvolvimento nos países mais pobres e nas necessidades dos grupos mais vulneráveis; melhorar a cooperação, especialmente nos âmbitos da coesão social e a integração regional, centrando-se em programas sobre as novas necessidades.
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